tag:blogger.com,1999:blog-66818648616879562002024-03-05T18:32:12.306-04:00ABORÍGINE Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.comBlogger338125tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-83122715549035319112019-11-25T11:41:00.002-04:002019-11-25T11:41:36.409-04:00Markão Aborígine recebe Prêmio Marielle Franco<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-xfgmEmKx1Rc/Xdv111diisI/AAAAAAAAHQM/7wE8wHpdrk8dCt99gvaHhodLujDz8NGUwCLcBGAsYHQ/s1600/Pr%25C3%25AAmio%2BMarielle%2BFranco%2Bhomenageia%2BMark%25C3%25A3o%2BAbor%25C3%25ADgine.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-xfgmEmKx1Rc/Xdv111diisI/AAAAAAAAHQM/7wE8wHpdrk8dCt99gvaHhodLujDz8NGUwCLcBGAsYHQ/s400/Pr%25C3%25AAmio%2BMarielle%2BFranco%2Bhomenageia%2BMark%25C3%25A3o%2BAbor%25C3%25ADgine.png" width="400" height="400" data-original-width="1024" data-original-height="1024" /></a></div><br />
<br />
Organizado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) da CLDF, a iniciativa busca reconhecer e valorizar o trabalho de defensoras e defensores de direitos humanos em diversas áreas de atuação. O processo de indicações foi realizado através de um formulário online, em que foram recebidas mais de 100 sugestões de pessoas, organizações, servidores públicos, trabalhos acadêmicos e serviços públicos que se destacaram na defesa dos direitos humanos no Distrito Federal. Qualquer pessoa poderia se indicar ou fazer uma indicação, desde que não fosse servidor(a) da CLDF.<br />
<br />
“Vivemos tempos de criminalização daqueles que defendem a dignidade e os direitos das pessoas. Ao reconhecer publicamente trabalhos desenvolvidos em nossa cidade, buscamos incentivar mais atores a se engajarem na defesa dos direitos humanos”, destacou o presidente da CDH, deputado Distrital Fábio Felix (PSOL). O parlamentar também reforçou a necessidade de implementação de medidas que objetivem proteger aqueles que hoje assumem essa defesa, uma vez que há perseguição, ameaças e risco de morte, como no caso da vereadora Marielle Franco.<br />
<br />
A solenidade de entrega do Prêmio ocorrerá no dia 28 de novembro (quinta-feira) às 19h no plenário da Câmara Legislativa do DF. A entrada é livre e gratuita.<br />
<br />
<b>Marielle Franco:</b> uma trajetória em defesa dos mais vulneráveis<br />
Marielle Franco foi vereadora pelo estado do Rio de Janeiro. Sua atuação em movimentos sociais e no mandato foi centrada na defesa dos direitos das mulheres, da população negra, vulnerável e periférica. Marielle também trabalhou na Coordenação da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). No dia 14 de março de 2018, Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados e, até hoje, o crime não foi elucidado.<br />
<br />
“<i>A execução de Marielle é um ataque direto à Democracia. Não podemos aceitar que uma representante do povo, legitimamente eleita, tenha sua vida encerrada durante o seu mandato por representar os direitos das minorias. Mais do que nunca, é imprescindível valorizar as iniciativas que colaboram para a construção da justiça social</i>”, alegou o deputado Distrital Fábio Felix.Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-18978100689522705092019-10-22T12:34:00.001-04:002019-10-22T12:35:03.863-04:00Aborígine & DJ Raffa apresentam: Meu Menino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD46EnSjiEGj-aasjjdXjbgjoyGwp_1MystcWZMTR9j15zGtxcf78NruhJNpgEUXNxzPq1j8eQiR3mRf6ZIS-TI1diw27BzV7Uw1YosEDjIti0PM5nJ8GtD7bd8Yj9wm33EW7pX5L7YA/s1600/Mark%25C3%25A3o+e+DJ+Raffa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD46EnSjiEGj-aasjjdXjbgjoyGwp_1MystcWZMTR9j15zGtxcf78NruhJNpgEUXNxzPq1j8eQiR3mRf6ZIS-TI1diw27BzV7Uw1YosEDjIti0PM5nJ8GtD7bd8Yj9wm33EW7pX5L7YA/s400/Mark%25C3%25A3o+e+DJ+Raffa.jpg" width="400" height="265" data-original-width="960" data-original-height="637" /></a></div><br />
O lendário <b>DJ Raffa</b> (Os Magrellos, Baseado nas Ruas, Sabotagem) acaba de lançar seu álbum comemorativo de década chamado DJ Raffa 35 anos. A série de álbuns já contou com participação de X, GOG, Consciência Humana, Voz sem Medo, DeMenosCrime entre outros, tornando-se um marco e clássico do Rap Brasileiro, agora, reúne artistas da nova geração e clássicos produzidos pelo maestro.<br />
<br />
Nesta edição reúnem-se Viela17, Baseado nas Ruas, Provérbio X, RAPadura, Crônica Mendes entre outros. <b>ABORÍGINE</b> ou Markão Aborígine apresenta a faixa <b>MEU MENINO</b> que conta com participação da cantora Talíz. A música versa, num Rap feito em diferentes métricas, sobre a marginalização das juventudes, o falso encantamento que o crime provoca ao questionar as responsabilidades do verbete e gíria 'dá nada' ou 'num dá nada'.<br />
<br />
O MC reflete sobre as consequências deste entendimento, afirmando que tais atos praticados podem custar 1, 2 ou 7 anos, com as dores refletidas nos prantos familiares.<br />
<br />
<b>OUÇA AQUI</b><br />
<br />
<iframe width="660" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/SgfBxH00QwU" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DhH5yrHwU-k/Xa8vSjCdvGI/AAAAAAAAHPg/Z6ONXesO3GAEW7QOGUXB8wRJV-jbO6DAQCLcBGAsYHQ/s1600/Capa%2BDJ%2BRaffa%2B35%2Banos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-DhH5yrHwU-k/Xa8vSjCdvGI/AAAAAAAAHPg/Z6ONXesO3GAEW7QOGUXB8wRJV-jbO6DAQCLcBGAsYHQ/s200/Capa%2BDJ%2BRaffa%2B35%2Banos.jpg" width="200" height="200" data-original-width="960" data-original-height="960" /></a></div><br />
Inscreva-se no canal <a href="https://www.youtube.com/user/djraffasantoro">https://www.youtube.com/user/djraffasantoro</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-76549738337650402472019-09-26T15:59:00.001-04:002019-09-26T16:00:05.071-04:00Caminhão de mudança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-T2uTp5SzeDw/XY0Yp_V_86I/AAAAAAAAHOQ/cq4Ta0SosQwaD1eXxXgCRqht2BZl-BrowCLcBGAsYHQ/s1600/Caixas%2Bde%2Bmudan%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-T2uTp5SzeDw/XY0Yp_V_86I/AAAAAAAAHOQ/cq4Ta0SosQwaD1eXxXgCRqht2BZl-BrowCLcBGAsYHQ/s400/Caixas%2Bde%2Bmudan%25C3%25A7a.jpg" width="400" height="400" data-original-width="363" data-original-height="363" /></a></div><br />
Acordei mais cedo que nos outros dias<br />
Ao meu lado algumas caixas e minha mochila<br />
Demorei a levantar, me perdi olhando o teto<br />
E ao redor, visualizando cada objeto<br />
<br />
Vi a marca de poeira que o calendário deixou<br />
Com aquela foto que tirei no colégio<br />
Ele não servia, era de um ano anterior<br />
Eu vestido de vaqueiro e um sorriso sincero<br />
<br />
A despedida dos amigos foi com uma caneta<br />
Não era final do ano, mas escreveram em minha camiseta<br />
Eu sem forças, só consegui levantar da cama<br />
Quando ouvi o barulho do caminhão de mudança<br />
<br />
Mil perguntas, mil questões<br />
O olho lacrimeja com mais mil palavrões<br />
Como ficará a medalha desse ano<br />
Se no interclasse não continuarei jogando?<br />
<br />
"porra mano"<br />
<br />
Lá na escola gostava de uma menina<br />
E não tive o tempo de me declarar<br />
Lembro que tremi quando ela escreveu na camisa<br />
Por isso mesmo nunca vou lavar<br />
<br />
Manhã de sábado, tão cedo<br />
Sem tomar café sai de casa com muito medo<br />
Dos amigos da rua não estarem acordados<br />
Mas pela última vez pude abraça-los<br />
<br />
"falô otário"<br />
<br />
O caminhão só não é mais velho que o colchão<br />
De uma família que pagava tanto de aluguel<br />
Quantas vezes minha mãe pediu perdão<br />
Pois o presente de natal foi esquecido por Noel<br />
<br />
Nunca me importei com isso, verdade<br />
Mas se pudesse me desfazia e não levaria algo pra outra cidade<br />
Não entendo porque precisamos de geladeira<br />
Se na maior parte do mês só tem garrafa d’água cheia<br />
<br />
Mas pra minha surpresa, ela combinou com a cozinha: pequena<br />
Não entendi, mas minha mãe disse que cabe em nossa renda<br />
Estava feliz de verdade<br />
Falou que venceu o aluguel e fila de anos da Codhab<br />
<br />
Meu filho esse é seu quarto<br />
Simples e dividirá com sua irmã Gabriela<br />
Daqui a quatro meses sobrará um dinheirinho<br />
Eu compro sua bicicleta!<br />
<br />
(...)<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-43299602562668493902018-11-20T12:34:00.002-03:002018-11-20T23:32:28.849-03:00Novo clipe do Aborígine remete ao Massacre de Barbacena<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-d3Okf4Dq9Ic/W_Qo7x9E_DI/AAAAAAAAHFM/8pi-GbtE0lME1Dwx_zlwnEYMGJaGdn8CwCLcBGAs/s1600/Arte%2B-%2BClipe.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-d3Okf4Dq9Ic/W_Qo7x9E_DI/AAAAAAAAHFM/8pi-GbtE0lME1Dwx_zlwnEYMGJaGdn8CwCLcBGAs/s400/Arte%2B-%2BClipe.jpeg" width="400" height="291" data-original-width="958" data-original-height="696" /></a></div><br />
Ambientado num manicômio, extrapolando o conceito artístico, o novo clipe de Aborígine versa sobre visibilidade e tranformação. Lançado, numa escolha política, em 20 de novembro, dia Consciência Negra, remete ao Massacre de Barbacena, conhecido como holocausto brasileiro, onde aproximadamente 60 mil pessoas foram assassinadas, a maioria negras e negros; incluindo, no mínimo, 33 crianças.<br />
<br />
A luta antimanicomial é presente e pauta importante. Representa a aceitação do diferente, do diverso. À época de Barbacena, pessoas eram jogadas no hospício por serem alcoolistas, homossexuais, moças "desvirginadas", meninas grávidas pelos patrões ou apenas divergiam do regime militar instaurado. <br />
<br />
O Massacre de Barbacena deve ser conhecido e aprofundado no ensino básico, a história afrobrasileira, tão excluída, pode enriquecer nossos currículos e fazer a educação tomar partido pela vida e humanidade.<br />
<br />
<br />
<br />
....<br />
<br />
▶ FICHA TÉCNICA : <br />
<br />
Produção executiva: M.A.B.O Prod. <br />
Produção audiovisual: AVOE / @avoetv <br />
Produção musical: LP Estúdio, Nexx e Thiago Raiz <br />
Gravado por: LP Estúdio <br />
Montagem e Scratchs: DJ Léo Gueddez <br />
Assistente de produção: Saulo Trindade <br />
Gravado no Complexo Cultural Samambaia <br />
<br />
▶ ATORES: <br />
<br />
Carrasco 1: Nexx<br />
Carrasco 2: Saulo Trindade<br />
Enfermeira: Jandy Souza <br />
Paciente 1: Xande <br />
Paciente 2: NowBru <br />
Paciente 3: Kalango QI<br />
Paciente 4: Tarcísio Pinheiro<br />
Paciente 5: DJ Liso <br />
Paciente 6: Deivide Hunter<br />
Tatuador: Glauber Santana<br />
<br />
<iframe width="660" height="430" src="https://www.youtube.com/embed/QMpeRUmJ9vw" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uSlar3FmVpo/W_QpeoP9xTI/AAAAAAAAHFU/3le9nfIrQJcup5zrRkox8RuQyzVg39_3ACLcBGAs/s1600/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-uSlar3FmVpo/W_QpeoP9xTI/AAAAAAAAHFU/3le9nfIrQJcup5zrRkox8RuQyzVg39_3ACLcBGAs/s320/4.png" width="320" height="70" data-original-width="1600" data-original-height="349" /></a></div>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-46072866032162405722018-11-19T16:46:00.002-03:002018-11-20T08:30:03.867-03:00Na fortaleza de Dragão do Mar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-ii8L7OU6WQ4/W_MSSiFKFCI/AAAAAAAAHFA/5K3t4ptWDMMKKJ4k4M91zthDzfqnS6fzACLcBGAs/s1600/Drag%25C3%25A3o%2Bdo%2BMar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-ii8L7OU6WQ4/W_MSSiFKFCI/AAAAAAAAHFA/5K3t4ptWDMMKKJ4k4M91zthDzfqnS6fzACLcBGAs/s400/Drag%25C3%25A3o%2Bdo%2BMar.jpg" width="400" height="225" data-original-width="1280" data-original-height="720" /></a></div><br />
“<i>Na Fortaleza de Dragão do Mar. Vou velejando pra meu povo liberta</i>r”- <b>Aborígine</b><br />
<br />
Nessa Semana da Consciência Negra iremos publicar, para além das músicas e poesias, a história de personagens e rebeldes brasileiros e brasileiras, homens e mulheres negras que lutaram por liberdade e justiça. Iniciamos com Dragão do Mar, nordestino, homem do mar.<br />
<br />
Em minha atuação como Educador Social em escolas ou unidades de internação do DF sempre provoco os educandos e educandas a refletirem para além do dado, para além de sua própria realidade. É fato que muitas vezes, sobretudo na internação, os jovens sequer conhecem outros estados, nunca foram a uma praia.<br />
<br />
Por si só é um dado que merece análise e estudo, pois a rotina social, que aqui analiso como processo de exclusão nos priva de conhecer a diversidade, interioriza-las e fortalecer as relações, bem como criar outras perspectivas de futuro e realidade.<br />
<br />
Pois foi numa viagem que tive acesso pela primeira vez a vida e luta de Dragão do Mar. Foi em Fortaleza/CE, após uma longa caminhada pra fotografar um navio/barco naufragado que cheguei ao Espaço Dragão do Mar, uma espécie de museu/teatro/cinema e pela primeira vez ouvi aquele nome. O que me entristece, para além de 2 décadas de vida escolar não ter conhecido é saber que, numa pesquisa on line, encontra-se mais informações sobre o Espaço Cultural que sobre sua vida/luta.<br />
<br />
Chico da Matilde, apelido de Francisco José do Nascimento, nasceu em 1839, num dos estados percussores no movimento abolicionista no Brasil. E não é erro pensar que este fato distancia-se do estado com melhor avaliação educacional. <br />
<br />
Letrado aos 20 anos de idade, órgão de pai, que morreu em meio aos trabalhos nas águas, criado por uma mãe que enfrentava todas as dificuldades e contexto da época, Chico da Matilde viu-se como homem do mar, jangadeiro, trabalhando desde criança. Foi marinheiro e trabalhou nas obras do Porto de Fortaleza.<br />
<br />
No mar, viu todo o sofrimento gerado pelo tráfico negreiro e logo envolve-se com o Movimento Abolicionista. Uma de suas principais lutas, foi fechar o Porto de Fortaleza, impedindo o embarque de escravizados e escravizadas para outras regiões. Como o Ceará, foi o primeiro estado a abolir a escravatura em maio de 1883, o agora Dragão do Mar, conduzia sua jangada pra abordar embarcações que faziam o tráfico negreiro.<br />
<br />
Chico da Matilde desafiava o racismo, o conservadorismo, defendia maior participação da mulher na sociedade cearense. Colaborou com greves, foi presente na luta, perdeu emprego e viveu o restante da vida como pescador.<br />
<br />
Que nas trincheiras sejamos Dragão do Mar, mesmo em nossos postos de trabalho, onde somos explorados e exploradas, devemos nos unir e lutar por liberdade, mesmo em nosso lar, onde reproduzimos opressões, sejamos atentos a opressão do machismo e lutemos por liberdade!<br />
<br />
Dragão do Mar, <b>presente! </b><br />
<br />
...<br />
<br />
Assista ao documentário clicando <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Pju_WvYfhp8">AQUI</a></b><br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-26213457890535886982018-11-18T13:21:00.001-03:002018-11-18T13:38:27.258-03:00O Rap em a Revolução dos Bichos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-DqyirOkHHvg/W_GSw7CQsoI/AAAAAAAAHEA/G0PSiQPTQI4QbY4hUNYc_M7DrMCvlGw8wCLcBGAs/s1600/Revolu%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bdos%2Bbichos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-DqyirOkHHvg/W_GSw7CQsoI/AAAAAAAAHEA/G0PSiQPTQI4QbY4hUNYc_M7DrMCvlGw8wCLcBGAs/s320/Revolu%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bdos%2Bbichos.jpg" width="320" height="320" data-original-width="516" data-original-height="516" /></a></div><br />
<b>Peter Singer</b> foi um filósofo que recorreu ao conceito de especismo para discorrer sobre a ideia de superioridade do ser humano em relação às demais espécies. <br />
<br />
Assim como o machismo sobrepõe um gênero a outro e o racismo sobrepõe uma raça à outra, o especismo coloca uma espécie em patamar de superioridade às demais, como uma maneira de justificar algumas atrocidades que praticamos.<br />
<br />
Seguindo essa ideia de superioridade humana, comparamos algumas minorias aos demais animais: nos referimos aos pret@s enquanto "macac@s"; nos referimos às mulheres enquanto "piranhas"; chamamos @s obes@s de "baleias" e os gays, nessa tentativa diminutiva, são os "veados".<br />
<br />
Sabe quando você vai chutar um cachorro e ele crava os dentes na sua perna?! Então, essa música é isso!<br />
<br />
Por JC Amaro, rapper e filósofo de Samambaia.<br />
<br />
<br />
<iframe width="760" height="435" src="https://www.youtube.com/embed/-0NyO_Uits0" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<br />
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Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-34396820288688124632018-11-12T22:58:00.000-03:002018-11-18T17:41:50.392-03:00Atemporal: o álbum do fim<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jJr3-lwHZCw/W_GUUEktiXI/AAAAAAAAHEM/IBQr9YwHY68dowSJXxbrnu3_nCj0rSE9QCLcBGAs/s1600/Abor%25C3%25ADgine%2BAtemporal%2B-%2BOneRpm.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-jJr3-lwHZCw/W_GUUEktiXI/AAAAAAAAHEM/IBQr9YwHY68dowSJXxbrnu3_nCj0rSE9QCLcBGAs/s400/Abor%25C3%25ADgine%2BAtemporal%2B-%2BOneRpm.jpg" width="400" height="400" data-original-width="1400" data-original-height="1400" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-Zmu4J38Pxn8/W_GU2VxtgNI/AAAAAAAAHEU/QgQbrWYKGhkwOjY1FWOFSdMRrIYFRe4nwCLcBGAs/s1600/Abor%25C3%25ADgine%2BAtemporal%2BCover%2Bback.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-Zmu4J38Pxn8/W_GU2VxtgNI/AAAAAAAAHEU/QgQbrWYKGhkwOjY1FWOFSdMRrIYFRe4nwCLcBGAs/s400/Abor%25C3%25ADgine%2BAtemporal%2BCover%2Bback.jpg" width="400" height="400" data-original-width="1600" data-original-height="1600" /></a></div><br />
<b>Atemporal: o álbum do fim</b><br />
<br />
Lançado no dia mundial do Hip Hop, 12 de novembro, o MC e poeta Aborígine justifica a escolha refletindo sobre o caráter revolucionário dessa cultura negra e urbana, oriunda do povo pobre: "<i>O Hip Hop me molda e transforma diariamente, para além da essência artística e ritmo a minha poesia, eu devo ao Hip Hop minha vida</i>".<br />
<br />
O CD possui treze faixas que respondem o porque do álbum do fim. A capa e contracapa apresentam um ambiente apocalíptico, num contraste de quem apresenta-se à luta e um olhar esperançoso de uma criança. São poesias, versões acústicas e a acidez num discurso forte e contemporâneo. Esse último adjetivo reflete a atemporalidade da obra, uma vez que, diversas letras apresentadas possuem 10 ou mais anos de composição.<br />
<br />
Num contra fluxo que revela evolução do rapper, as faixas problematizam e enfrentam a mercantilização da cultura, trazem conceitos, até então, pouco ou não discutidos no Rap como gentrificação, gordofobia e democratização dos meios de comunicação. Músicas conhecidas e cantadas como Teresas e Um canto a Margarida, que possuem respectivamente vídeo clipe e lyric vídeo completam o trabalho, assim como a releitura da música O azul de uma caneta, música de 2001, lançada em versão acústica disponibilizada exclusivamente no Lyric álbum no canal do artista.<br />
<br />
O álbum do fim pode ser uma despedida do rapper, porém, suas linhas, em quem escutar trará um desconforto e uma vontade pra luta tão grandes, que será difícil não lembrar do Aborígine.<br />
<br />
<b>#assessoria</b><br />
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<br />
<b>FICHA TÉCNICA</b><br />
<br />
Gravado por DJ Raffa, Gibe, LP Studio e Wty.<br />
Produção musical de Gibe, LP Studio e Thiago Raiz.<br />
Participações de Josi Araújo, Leandro Solano, Marcos MC e Nexx.<br />
Produção executiva: M.A.B.O Prod.<br />
Produção audiovisual: Avoe Produções<br />
Designer gráfico: Resistance Design<br />
Concepção de arte: Martinelli / Página Rap Brasília<br />
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<b>MÚSICAS</b><br />
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<b>1.</b> Jéssica<br />
<br />
Poesia marginal que aborda as relações conflituosas entre uma adolescente e seu pai, inspirada em diversas histórias reais. Inicialmente foi composta para a música 'Cadê você?' do grupo Viela 17, mas com a gravação sonoplastia de Wty inicia o álbum do fim.<br />
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<b>2.</b> Números<br />
<br />
Os versos são repletos de referências a números, reflete estatísticas, questiona a função social do encarceramento da juventude, a sociedade do consumo e a representação política no Brasil. Com dados atuais e questionamentos a ordem, sob produção musical de LP Brasil, Nexx e Thiago Raiz a faixa demonstra todo o peso deste álbum. <br />
<br />
<b>3.</b> Destinatário<br />
<br />
Uma carta. É assim que podemos descrever tal canção. Destinada a si e ao ouvinte, o rapper canta e semeia possibilidades e vida ao povo pobre da periferia. Daquelas canções pra ouvir nos momentos de dificuldade, daquelas músicas feitas pra elevar a esperança e auto estima.<br />
<br />
<b>4.</b> Hip Hop em mim<br />
<br />
Título homônimo ao livro do Rapper lançado em 2017, trata-se de um Gfunk em homenagem aos e as pioneiras do Hip Hop no DF. É um hino à cultura da capital do país. Versa acerca de experiência do artista, como no episódio que furtou um CD de bases do DJ Raffa numa loja Carrefour, bem como no episódio em que gravou um programa de Rap em cima de uma fita cassete de Axé Bahia da irmã. Uma daquelas músicas que já nasce como um clássico.<br />
<br />
<b>5.</b> Azul e branco<br />
<br />
História que versa sobre as primeiras sensações de uma adolescente ao sair de uma unidade de internação. Um história emocionante de redenção e superação. Composta durante oficina ministrada pelo artista na Unire - Unidade de Internação do Recanto das Emas, a música fora produzida por LP Estúdio e Frates Beat's e conta com participação de Leandro Solano.<br />
<br />
<b>6.</b> O circo 2<br />
<br />
A crueldade do ser humano o levou a encarcerar pessoas negras, diversas e doentes em circos e zoológicos humanos. Correlacionando essa história a fatos atuais como machismo, gordofobia e lgbtfobia o rapper nos provoca, fazendo olhar pra si e encarar os próprios preconceitos. A faixa trata-se de uma releitura da música lançada em 2012, premiada na terceira colocação do Prêmio Sesc Tom Jobim de Música. Antes de ouvi-la, recomendamos conhecer os documentários/entrevistas lançadas pelo artista. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=oDKS7TxVOnk&t=5s">Mãe, Mulher e Negra</a> / <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ZEiEEuSvuYM">Pessoas Pequenas</a> são audições necessárias e urgentes.<br />
<br />
<b>7.</b> Verdes lucros<br />
<br />
Direito a cidade, gentrificação e agronegócio são temas desta canção que convoca a união do campo e a cidade. Produzida por Gibesom e gravada por DJ Raffa é uma das músicas que apresenta a evolução do rapper na escrita, lírica e canto.<br />
<br />
<b>8. </b>Duas crianças<br />
<br />
Brasília possui o maior IDH do país, mas também é a região mais desigual.<br />
<br />
Imagine refletir essa situação ao som da história de duas crianças. João, trabalha em semáforos vendendo balas e conhece Davi jogando video game dentro de um carro importado. Há semelhança? Talvez.<br />
<br />
<b>9.</b> Punho Cerrado 1<br />
<br />
Audio da cypher Punho Cerrado que contém participação de Mente Consciente, 3Janelas, Negro Thalles, Ideologia e Tal, Beto - Sobreviventes de Rua, Negra Eve - Mantendo a Identidade e Câmbio Negro. Um projeto único que agrega diferentes gerações do Hip Hop do Distrito Federal, que pretende romper as barreiras entre as mesmas, homenagear os percussores e circular as cidades. Assista ao clipe: <a href="https://bit.ly/2DI97Si">https://bit.ly/2DI97S</a>i<br />
<br />
<b>10.</b> Teresas<br />
<br />
Escrita em parceria com a poeta Rose Elaine, a música é uma história de superação da mulher periférica, que volta a estudar e trabalhar após sair de uma relação violenta. Produzida por Gibesom e com participação de Josi Araújo, em 2015 ganhou um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VfpI09saw50">CLIPE</a> produzido por Donas Filmes e protagonizado pela atriz e poeta Meimei Bastos.<br />
<br />
<b>11.</b> Um canto a Margarida<br />
<br />
Com participação de Josi Araújo a música conta a história da agricultora paraibana Margarida Alves e sua luta em defesa dos direitos do povo camponês. Um Rap com sanfona e refrão marcante que ganhou um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=VkMzCIzRbII">Lyric Vídeo</a> tão emocionante quanto a música.<br />
<br />
<b><br />
12.</b> Lobotomia<br />
<br />
Talvez a letra mais antiga do disco, conta com participação de Marcos Mc e questiona a padronização e mercantilização do Hip Hop. Possui sampler de Evaldo Braga, já utilizado na música 'As primeiras letras do alfabeto'. É como se o artista provocasse um novo letramento ou questionasse o analfabetismo político da uma nova geração.<br />
<br />
<b><br />
13.</b> Ponto final<br />
<br />
Uma das faixas mais doloridas do disco. Nem todos e todas sejam capazes de ouvir coisas assim, ainda mais incluírem num álbum.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MOmnrqkqr7s/W_HIKsr49yI/AAAAAAAAHEs/7Cl1bqo0r-YHhNJeroiCeaamxl6ib-RMACLcBGAs/s1600/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-MOmnrqkqr7s/W_HIKsr49yI/AAAAAAAAHEs/7Cl1bqo0r-YHhNJeroiCeaamxl6ib-RMACLcBGAs/s320/4.png" width="320" height="70" data-original-width="1600" data-original-height="349" /></a></div><br />
<iframe width="100%" height="450" scrolling="no" frameborder="no" allow="autoplay" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/playlists/642813900&color=%23848484&auto_play=true&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true"></iframe>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-46835935996492862202018-04-09T11:17:00.000-04:002018-04-09T11:18:29.424-04:00BraSyria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JNSkkOCnLfQ/WsuD7zX-8_I/AAAAAAAAG5k/CFtT1i_yzw40vRI8M0a84lGo1FG9gsACQCLcBGAs/s1600/BrasSyria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-JNSkkOCnLfQ/WsuD7zX-8_I/AAAAAAAAG5k/CFtT1i_yzw40vRI8M0a84lGo1FG9gsACQCLcBGAs/s320/BrasSyria.jpg" width="620" height="350" data-original-width="1200" data-original-height="562" /></a></div><br />
Eu também chorei pela criança da Syria<br />
Morreu afogada igual a pequena Giovana de Brasília<br />
São mártires da inocência<br />
Sendo que quatro em cada dez, vivem em pobreza extrema<br />
<br />
Refugiados internos, também são<br />
Discriminados num sul que canta por separação<br />
Que choram por suas balas perdidas<br />
Perdidas por quem? Bandidos, polícia, indústria armamentista<br />
<br />
Qual maior custo ao imposto brasileiro<br />
Detentos, detentas ou apenas um banqueiro?<br />
Nas olimpíadas, militar, segundo no pódio<br />
No Brasil, Polícia Militar, três mil mortos<br />
<br />
Primeiro no ranking<br />
Bancada da bala derrama mais sangue que qualquer traficante<br />
Criança Guarani-Kaiowá atropelada cinco vezes<br />
Latifúndio continua o massacre dos portugueses<br />
<br />
Quanto vale a política tucana?<br />
Conta bancária de FHC registra lama<br />
Não reclama do abuso e sexo forçado<br />
Seguidor de Feliciano passou de ano no fascismo de Bolsonaro<br />
<br />
Que inspira aquele que humilha haitiano<br />
Babá cuida da filha enquanto segue protestando<br />
Não me engano porra. Direitos humanos pra humanos direitos?<br />
Que afirma isto assemelha dignidade a dinheiro<br />
<br />
Mas caráter é outra fita, outra coisa<br />
Duas horas de busão lotado com a marmita na bolsa<br />
Diferente da madame e dos herdeiros<br />
Que negam água e banheiro a seus pedreitos<br />
<br />
Minha visão é de uma luta de classes<br />
O extermínio que sangra tem início no trator que derrubas lares<br />
Na especulação que derruba barracos em vários estados<br />
Mas resistimos em marchas, ocupações, canções e palcos!<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-13797537758880443392017-07-19T18:07:00.001-04:002017-07-19T18:09:42.310-04:00Lançamento: Um canto a Margarida<iframe width="760" height="515" src="https://www.youtube.com/embed/VkMzCIzRbII" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Foram pouco mais de 02 anos sem nenhum lançamento musical do MC e poeta Markão Aborígine, representante e militante do Hip Hop no Distrito Federal.<br />
<br />
Com produção musical de Gibesom, a voz marcante da cantora Josi Araújo e audiovisual por Ak13, Aborígine apresenta a música Um canto a Margarida, que narra a história de vida e luta da lutadora paraibana Margarida Alves.<br />
<br />
O lançamento marca o anúncio do novo álbum previsto para segunda quinzena de agosto. <br />
<br />
<br />
<b><br />
F<b>ICHA TÉCNICA</b></b><br />
<br />
Letra: Markão Aborígine<br />
Participação: Josi Araújo<br />
Produção musical, mix e máster: Gibesom<br />
Lyric vídeo: Ak13<br />
<br />
DOWNLOAD: <a href="https://goo.gl/9Nw6v5">https://goo.gl/9Nw6v5</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-67521450955950847592017-07-16T23:16:00.000-04:002017-07-28T16:58:13.051-04:00Que os pobres cuspam!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-kyyWlJDrsJ0/WWwr_F1bABI/AAAAAAAAGvc/QtibBf0SDocawjtMHZqrtJbUJklpaEJ9wCLcBGAs/s1600/Um%2Btexto%2Bprovis%25C3%25B3rio%2Bsobre%2Bpolariza%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Be%2Bdesigualdade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-kyyWlJDrsJ0/WWwr_F1bABI/AAAAAAAAGvc/QtibBf0SDocawjtMHZqrtJbUJklpaEJ9wCLcBGAs/s400/Um%2Btexto%2Bprovis%25C3%25B3rio%2Bsobre%2Bpolariza%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Be%2Bdesigualdade.jpg" width="400" height="270" data-original-width="500" data-original-height="337" /></a></div><br />
Ao tempo que o Brasil chega a marca de 14 milhões de desempregadas e desempregados, fruto, segundo a mídia corporativa de uma crise econômica e política, julgo importante analisar as questões a partir de um olhar próximo a realidade social das e dos mais pobres.<br />
<br />
Segundo o <i>IBGE</i> a renda per capita do povo brasileiro em 2015 foi de R$ 1.113, sendo que 23% da população, segundo o jornal <i>Correio Brasiliense</i> vive com menos de um salário mínimo. Por outro lado, a <i>Calculadora da Desigualdade</i>, projeto realizado pela <i>Oxfam Brasil</i> nos mostrou a face cruel da concentração de renda no país.<br />
<br />
Estes mesmos 23% da população, se empregados, trabalham minimamente 30/40 horas semanais para recebimento de um salário mínimo, enquanto isso, aproximadamente 4 mil multimilionários lucram valor equivalente à um salário mínimo a cada 12 minutos. Não se ouve isto, não se fala disto, há uma normalidade na exploração.<br />
<br />
Segundo <i>Rosseau</i> o Estado legitima a desigualdade social ao tempo que protege a propriedade privada, acredito que afirmou isto olhando para o Brasil. O privilégio da propriedade privada baseia-se na concentração de renda e terra, que só no último mês motivou o assassinato de 11 trabalhadores rurais no Pará.<br />
<br />
Mais que a polarização ou 'crise' política, que sim, agrava sintomas da desigualdade social, devemos discutir pontos estruturais, como a tributação brasileira que é extremamente injusta, pois taxa sobretudo os mais pobres.<br />
<br />
A lei <b>9.249</b> de 1995, criada durante governo FHC, retira a taxação de lucros e dividendos dos mais ricos. O imposto sobre propriedade de terra é a partir do que se declara e não do que realmente é, ou seja, a extensão territorial da terra ocupada. O <i>Instituto de Estudos Socioeconômicos</i> calcula que isto gera uma sonegação de quase 500 bilhões. Pra exemplificar a treta o orçamento anual da saúde é de 198 bilhões.<br />
<br />
Realmente <a href="http://aboriginerap.blogspot.com.br/2017/07/a-matematica-na-pratica-e-sabica.html">a matemática na prática é sádica!</a><br />
<br />
O golpe burguês é mais que político, é maior que impeachment causado por algo que dois dias após derrubar Dilma deixou de ser crime. O golpe na quebrada é mortal. É aqui onde morrem sem atendimento médico, é aqui onde crianças voltam pra casa, pois não há professores, é aqui onde escrevo no momento em que há tiroteio na rua (minhas orações pra que o pior não aconteça). É aqui onde as pessoas são condenadas injustamente por sua cor, por seu CEP, muito antes de Lula, pena que parte da esquerda demorou a enxergar isto. #LiberdadeRafaelBraga<br />
<br />
Nossa esperança não está em 2018, por mais importante que seja, não está. Devemos respira-la, devemos partilha-la cotidianamente. A transformação está nas ruas, mas não em esplanadas ou grandes avenidas. Se continuarmos pagando carros de som, fretando ônibus para capitais, balões enfeitando os céus e um calendário de protestos sem virar-se para as casas e as ruas destas casas não haverá avanço.<br />
<br />
Então Rap é mais que palco, precisamos aprofundar o que tanto denunciamos, enfrentar as reformas trabalhistas e previdenciárias, afinal essa burguesia já congelou por 20 anos o orçamento que mau chegava as quebradas, imaginem então o que será de nós em duas décadas. Some isto ao trabalho intermitente, terceirização e aposentadoria inatingível que encontrará o desaparecimento de famílias.<br />
<br />
Ora, são 4 mil multimilionários, se cada pobre cuspir eles morrem afogados!<br />
<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-21228153810235144122017-07-13T11:02:00.000-04:002017-07-13T11:02:44.491-04:00A matemática na prática é sádica!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-7bc8ASwEsko/WWeLcrrJfTI/AAAAAAAAGuw/hvKWX1Xex14zRsARySnew2a_8c-9Ov6SQCLcBGAs/s1600/Imprensa%2Bgolpista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-7bc8ASwEsko/WWeLcrrJfTI/AAAAAAAAGuw/hvKWX1Xex14zRsARySnew2a_8c-9Ov6SQCLcBGAs/s400/Imprensa%2Bgolpista.jpg" width="400" height="205" data-original-width="728" data-original-height="374" /></a></div>Nunca fui bom em matemática, mas estava pensando aqui.<br />
<br />
- A sonegação das grandes empresas paira aos 500 bilhões de reais por ano. Só a Globo deve a Receita Federal cerca de 400 milhões;<br />
<br />
- O presidente do Banco Itaú, ops... Banco Central e Governo Temer perdoaram a dívida (agora sim) do Itaú de 20 bilhões;<br />
<br />
- Vira e mexe ouço e falamos do tal impostômetro, da tributação brasileira cabulosa e pá, certo? Sempre vem com uma frase que diz "trabalhamos aproximadamente 04 meses pra pagar impostos", mas nunca notamos que tal tributação é sobre o consumo e não sobre RENDA (mais ricos pagariam mais) e sobre PROPRIEDADE (mais ricos pagariam mais). Por que será?<br />
<br />
- Daí a mesma Globo que deve 400 milhões, e o Governo Golpista que distribui emendas e perdoou 20 bilhões do Itaú vem dizer que a culpa da porra toda é da contribuição sindical?<br />
<br />
Contribuição sindical = 1 dia de trabalho<br />
<br />
Caraio acho que a culpa é dela mesmo e as empresas são coitadinhas, nossas gestantes precisam mesmo trabalhar na insalubridade, nós precisamos mesmo almoçar em 30 ou 15 minutos, se pá nem almoçar.<br />
<br />
MATÉRIA SOBRE IMAGEM CLIQUE AQUI: <a href="https://goo.gl/ZTgiMo">https://goo.gl/ZTgiMo</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-76061032088412417372017-03-11T17:19:00.000-04:002017-03-11T17:19:30.156-04:00Correio Brasiliense entrevista Markão Aborígine<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-duDgzUHMNXs/WMRp2FE8OWI/AAAAAAAAGrc/PAUdcP5PMAUEhbiNQyFOx6EWe0GknaaswCLcB/s1600/Mark%25C3%25A3o%2B-%2BCorreio%2BBrasiliense.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-duDgzUHMNXs/WMRp2FE8OWI/AAAAAAAAGrc/PAUdcP5PMAUEhbiNQyFOx6EWe0GknaaswCLcB/s400/Mark%25C3%25A3o%2B-%2BCorreio%2BBrasiliense.jpg" width="400" height="213" /></a></div><b>C</b><b>omo você avalia a saída do hip-hop da periferia. O interesse dos grandes centros? É uma apropriação ou uma forma de valorizar ainda mais a cultura?</b><br />
<br />
Há dois caminhos. Existe, sim, uma apropriação. A gente vê cada vez menos espaços e casas de show nas periferias e uma concentração de recursos de qualidade nos grandes centros. Então, há um movimento de apropriação, só que há, também, o empoderamento dos agentes periféricos. Eles estão se tornando empreendedores, se formalizando e dominando a ferramenta da comunicação. São as músicas mais tocadas em uma era de YouTube. Porém, pela escassez de espaços nas periferias, uma falta de política pública e investimento em rádios comunitárias, esses artistas, dependendo da linha de música, vão sendo esquecidos e excluídos desses grandes centros e oportunidades. A gente precisa se organizar e fazer um combate a essa indústria, que está cada vez mais comercializando (e banalizando) o hip-hop. Se não, a gente vai ser apenas uma música, deixando a questão do ativismo e da militância para trás.<br />
<b><br />
O discurso tem mudado?</b><br />
<br />
Ele tem melhorado. Hoje, na música rap, é mais presente um discurso que questiona machismo, sexismo, misoginia e homofobia. Artistas que se reconhecem como transexuais, gays e lésbicas têm mais visibilidade e são aceitos. Há 20 anos, era um confronto complicado. Além da realidade cruel de violência policial, pobreza e miséria, a gente viu que, enquanto periféricos, reproduzimos outras formas de exclusões, de opressões e de violências, como fazem os poderosos.<br />
<br />
C<b>omo você vê o futuro do hip-hop, aqui na capital?</b><br />
<br />
Costuma-se falar que, no DF, a gente tem o segundo maior polo do gênero no Brasil. O primeiro seria São Paulo, mas acho que Brasília disputa este posto com o Rio de Janeiro. Estamos tentando quebrar esse eixo, que está em tudo. Se aliarmos essa prática do exercício artístico, em experiências como a escola de formação do hip-hop e esse “boom” de batalhas de MCs, a um ativismo politizado, acho que vamos colher grandes frutos. O que eu vejo para o futuro do hip-hop na capital é luta. A gente só vai conseguir garantir qualquer coisa por meio dela com a nossa organização, enquanto artista e cidadão. Acredito que conseguiremos alicerçar um trabalho que vai conseguir quebrar esse eixo e despertar olhares para outras regiões do país também. Acho que Brasília tem que ser um fio condutor dessa transformação, para que a juventude periférica e negra tenha um espaço na grande mídia.<br />
<br />
<b>Como você vê a cena atual do hip-hop?</b><br />
<br />
No Distrito Federal, temos excelentes talentos sendo revelados. Temos o DJ A, que foi campeão mundial recentemente, além de excelentes artistas no grafite e dançarinos de danças urbanas, que estão representando o Brasil em diversos torneios mundiais. Agora, temos uma Secretaria de Cultura que está premiando o hip-hop com um edital específico. Mas ainda é pouco. Há 10 anos, tínhamos mais rádios, programas de tevê, revistas e fanzines, mas fomos perdendo esse espaço e esses mecanismos. Temos batalhas de MCs, inclusive só de mulheres, que é a Batalha das Gurias. Temos a ocupação cultural do movimento em Santa Maria, que tem serigrafia popular, cineclube e aulas de yoga ofertados por um coletivo. Exemplos como esses têm que ser reproduzidos em cada cidade, e a nossa cena vai ser fortalecida quando a gente se articular além das redes sociais. Para fortalecer essa cena e ela continuar sendo nossa, para não sermos engolidos ou pela repressão policial que vai à batalha do Museu, ou por essa industrialização que vai padronizar todos os talentos, a gente precisa se falar mais. <br />
<b><br />
Quais são os seus projetos no momento?</b><br />
<br />
Eu canto rap, tenho CDs e livros lançados. Estou lançando o Hip-hop em mim e circulando com ele. Mas, um projeto que eu acredito e semeio é a editora popular Poesia em Coletivo, que surgiu a partir da distribuição de fanzines e panfletos no metrô e paradas de ônibus. Nessa experiência, percebi que consigo, além de externalizar o meu fazer poético, garantir o acesso à fala ou à publicação a outras pessoas. Em 2014, eu lancei o livro Favela como ninguém viu!, de um jovem escritor da Estrutural chamado Fernando Borges. No ano seguinte, consegui publicar o Mulher quebrada, que é uma coletânea de textos de mulheres periféricas do DF. Fazemos os livros artesanalmente, aí as tiragens são reduzidas. De forma autônoma e voluntária, eu continuo ministrando oficinas em escolas públicas. Integro a Família Hip-Hop, um coletivo de Santa Maria, onde a gente desenvolve uma escola de formação, com estudos que vão do sistema político brasileiro a produção de eventos. Neste ano, vou produzir o festival Brasília Periferia, que é feito a cada dois anos. Ele vai acontecer nos dias 21 e 22 de junho, em Santa Maria, e vai ser tanto festival musical quanto encontro de grafite.<br />
<br />
*Es<b>tagiária sob supervisão de José Carlos Vieira.</b><br />
<br />
MATÉRIA ORIGINAL: <a href="http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/03/02/interna_diversao_arte,577427/rapper-de-samambaia-markao-aborigine-fala-sobre-novo-discurso-do-rap.shtml">http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/03/02/interna_diversao_arte,577427/rapper-de-samambaia-markao-aborigine-fala-sobre-novo-discurso-do-rap.shtml</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-60057804341748793832017-01-30T10:21:00.001-03:002017-01-30T10:22:27.898-03:00Entrevista ao programa Quadrado a Fora<iframe width="660" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/5MzNTyiCMTo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Fui entrevistado por Ju Matos e Maria Rita par ao programa <b>Quadrado a Fora</b>, em meio ao rolé no Parque Três Meninas e Espaço Imaginário, conversamos sobre música, poesia, sonhos e militância. <br />
<br />
Segue o convite a continuarmos este debate, bora?<br />
<br />
Quer conhecer mais o programa? Se inscreva na página do YouTube e clica aqui também <a href="https://www.facebook.com/QuadradoaforaQaF/?fref=ts">https://www.facebook.com/QuadradoaforaQaF/?fref=ts</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-65759041088654530482017-01-29T15:40:00.000-03:002017-01-30T09:32:34.056-03:00Se eu fosse você, não lia isto.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-r5MmhVVfCUs/WI42WiiWfgI/AAAAAAAAGpA/SPrq1rAXB_4Rc03Qe_e4x7yC32qKdn2jwCLcB/s1600/Livro%2BVol.%2B1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-r5MmhVVfCUs/WI42WiiWfgI/AAAAAAAAGpA/SPrq1rAXB_4Rc03Qe_e4x7yC32qKdn2jwCLcB/s400/Livro%2BVol.%2B1.jpg" width="283" height="400" /></a></div><br />
Conheci o Hip Hop em meados dos anos 90, ora vislumbrado enquanto meu irmão dançava freestyle com amigos, ora quando escutava aquela música grave e que falava de uma realidade tão próxima. <br />
<br />
Minha família veio do interior paraibano em busca de condições dignas para criar seus filhos. Nasci no DF e tive os barracos da Ceilândia como estada até conquistarmos o direito à moradia na Samambaia em 1989, cidade que amo e resido até hoje.<br />
<br />
Por não conseguir vagas em escolas próximas e pensando que a educação numa cidade já desenvolvida seria melhor para nós, meus pais me matricularam na Escola 28 e, foi em Taguatinga que vivi meus quase 16 ou mais anos de vida escolar. Além de enfrentarmos a poeira, a lama e o péssimo transporte público, era praxe sofrermos com o bullying e acusações, pois tudo de ruim que ocorria na escola era responsabilidade dos alunos de Samambaia. Sem entender, aquilo já mexia comigo. <br />
<br />
Sendo criança ou adolescente, sempre me destacava nos trabalhos de redação e história, minha mente fluía. Acredito que era a herança deixada por um avô que em sua juventude foi cordelista, seja pela energia das músicas e Rap's que rolavam no PIRAÇÃO, um ônibus pirata tunado que percorria Samambaia Sul à Taguatinga. Foi lá que ouvi grandes ídolos que hoje são amigos, como <i>GOG, Rivas e Jamaika, Guind'art, Liberdade Condicional</i>, dentre outros.<br />
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Não demorou muito para uma professora me motivar a transformar os textos em poesia, me desafiou apresentando algumas métricas; Fui lá e fiz, mais uma nota dez. Eu parodiava músicas do <i>Câmbio Negro, Sistema Negro, GOG e DeMenos Crime</i>, até <i>NAS</i> (um cantor gringo) eu dublei num trabalho de inglês, vai vendo. <br />
<br />
Naquela época existiam <b>CD’s</b> apenas com <b>Bases de Rap</b>. Vez ou outra deparava com grupos cantando nas mesmas bases e o mais louco era que tudo continuava mágico. Além disto, os grupos costumavam disponibilizar faixas instrumentais em seus CD's, minhas primeiras músicas foram escritas neste período. <br />
<br />
Lembro-me de mixar em fita K7 uma faixa instrumental do <i>DeMenos Crime</i>, dava play no CD e gravava na K7, voltava com a caneta bic para encontrar o ponto certo e pronto, estendia a faixa mais alguns minutos pra enfim cantar. Nessa faixa em questão escrevi a música Favela Capital em 2001; anos mais tarde ela ressurge como Meio Século. <br />
<br />
Mas foi em 1997/1998 que subi pela primeira vez num palco, ainda adolescente, enfrentando uma timidez gigantesca, fui cantar numa escola de ensino médio e meus pés tremiam. Lembro-me de ensaiar tanto na noite anterior que fiquei sonâmbulo, acordando meu irmão à noite. E foi ele, Cleres Dantas, o grande responsável por minha formação, me passava várias letras pra estudar, perguntava se havia entendido, me ajudava a escolher o figurino certo, "não, essa roupa da Bad Boy não combina com o Rap, vai com essa aqui!". <br />
<br />
Sempre fui fascinado na escrita, seja nas redações escolares ou no pixo, que me ajudaram a superar minha timidez, me socializou, deu-me protagonismo, fez as pessoas olharem de forma diferente para aquele gordinho morador de Samambaia. Respeito, medo? Talvez sejam os dois, mas páginas tristes também compõem esta história, vi brigas, ameaça de morte, morte; Até que em 2001 conheci dois caras, Luiz Paulo e Raphael Macedo, com eles aprendi a cantar e por em prática tudo que meu irmão me ensinou quando trazia letras dos <i>Racionais</i> pra eu estudar.<br />
<br />
Eu, Marquim MC, Nego Lupa e Vilão formamos no grupo <b>Êxodo</b> em 2001 e com uma letra que surgiu durante um sonho, vencemos o Festival de Música do CEM 03. A música chama-se O azul de uma caneta, inscrevemos a primeira versão no <i>Abril Pro Rap</i>, gravamos a primeira versão no <i>Estúdio Cartel</i> ao lado de <i>Bruno, DJ Jamaika e Rei</i>, meu nervosismo é perceptível nesta gravação.<br />
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Um ponto crucial na minha caminhada foi um encontro na Colônia Agrícola de Samambaia, o Raphael, aliás, o Vilão tinha um amigo que estava estudando o elemento DJ e também tinha um grupo de Rap chamado 'Sistema Oposto'. Num sábado qualquer haveria um encontro em sua casa como vários MC's e ali soltei um dos meus primeiros freestyles, participei de um dos primeiros 'Ensaio Coletivo' da história. O DJ era o Thiago, vulgo Corrupto, que anos mais tarde foi batizado por <b>DJ LISO</b>.<br />
<br />
Ao lado do Liso e Carequinha do grupo Consequências da Vida fundei em 2003 o encontro semanal <b>MC's de Class</b>e, que reunia toda sexta feira na Praça do DI em Taguatinga dezenas de improvisadores e improvisadoras. De lá surgiram Thabata Lorena, AfroRagga, Doctor Zumba que já tinha uma carreira brilhante junto ao Artigo 2, dentre outros personagens como Six, Junin QNC, Perninha, Erko. Lembro que fazíamos vários show's de freestyle, sem batalha, apenas a Base e vários minutos de improviso. Aos poucos fui me afastando devido à escola, trabalho e relacionamentos. <br />
<br />
Mas tudo mudou em 2004 quando fui presidente do <b>Grêmio Estudanti</b>l de minha escola, ali eu praticava toda a teoria revolucionária que o Rap havia me dado. Enfrentávamos a direção, ocupamos uma sala, criamos rampas de acessibilidade para estudantes cadeirantes, íamos direto à Administração Regional pedir melhorias. Nesta mesma época reuni alguns grupos de Samambaia e fundei o Militância Hip Hop, uma espécie de coletivo ou amontoado de trabalhos. Fazíamos oficinas nas escolas, apresentações, fanzines, numa rádio comunitária apresentei por quase dois anos um programa de Rap, possuía certa malandragem e conhecimento, pois já tinha experiência com rádios, quando apresentei um programa de Rap no interior paraibano, na Rural FM de Baraúna.<br />
<br />
Entre idas e vindas fazia pequenos shows, cantando uma ou duas músicas, mas estava sempre nas Marchas em defesa de direitos, Grito dos Excluídos, movimentos sociais. Com a experiência do Grêmio Estudantil logo estava atuando junto a ONG's. Com o Grupo Atitude viajei para Batatais - SP e ficamos por uma semana realizando formação de jovens.<br />
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Tudo isto moldou o <b>HIP HOP EM MIM</b>. <br />
<br />
Casei e tive meu primeiro filho em 2007, dois anos mais tarde estava desempregado e mesmo assim lançava o álbum 'Dia e noite. Dia açoite. Noite fria'. Comprei um pequeno equipamento de som para fazer o lançamento do meu CD em escolas e na rua. Em 2008 fundei o Coletivo ArtSam que por 08 anos fez revolução nas quebradas, possibilitou acesso à cinema, à poesia, foi o primeiro palco de muitos grupos como Quadrilha Intelectual, Réus, Dona Rayla, Mantendo a Identidade, Singelo MC, dentre outrxs.<br />
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Fundei o Cineclube Câmbio Negro, Sarau Samambaia Poética, Ensaio Coletivo. Realizei o 1º Encontro de Literatura Marginal do DF. Criei uma Editora Popular em 2013, lancei os livros 'Sem rosto, família ou nome', 'Favela como ninguém viu' de Fernando Borges, um jovem morador da Estrutural e 'Mulher Quebrada' uma coletânea com várias poetizas e militantes do Distrito Federal. Realizei oficinas de literatura marginal, formei poetas. Idealizei e produzi o Prêmio Hip Hop Zumbi, Festival Brasília Periferia e Mutirão Hip Hop Solidário.<br />
<br />
Entre documentários, músicas e videoclipes, centenas de escolas e projetos sociais visitados, shows e debates em vários estados brasileiros, me fiz semente. Vi uma menina que treinou Breaking pela primeira vez na garagem de minha casa tornar-se campeã mundial. Vi um grupo que cantou pela primeira vez na garagem de minha casa ser um dos mais respeitados grupos de Rap do DF. Salve <i>B.Girl Prix</i>, Salve <i>Quadrilha Intelectua</i>l.<br />
<br />
Há 12 anos tenho um companheiro de luta, um verdadeiro amigo e referencial. Conheci o Alex Suburbano em 2005 durante uma reunião que pretendia criar o Fórum Hip Hop DF, e ele já tinha uma atuação militante na Santa Maria com a <b>Família Hip Hop</b>, conhecíamos pessoas em comuns, ONG's em comum. Amadurecemos e crescemos juntos. Hoje integro o Espaço Moinho de Vento com ele, uma ocupação na cidade da Santa Maria, local onde há de yoga e aulas de dança gratuitas à serigrafia popular, lá realizamos a Escola de Formação do Hip Hop.<br />
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Nestes - <i>quase</i> - <b>19 anos de Hip Ho</b>p, de uma vida entregue ao Hip Hop e ao povo aprendi bastante, sorri bastante, suei bastante indo a pé para shows em outras cidades por não ter dinheiro, fiz apresentações em troca de pão de queijo. Da primeira letra escrita ao primeiro cachê foram 10 anos. <br />
<br />
Realizei Batalhas de Breaking, fui apresentador de outras tantas. Com esta função fiquei conhecido pela comunidade Hip Hop do DF como um dos melhores apresentadores, por isto aproximei-me do DJ Raffa e tive um dos momentos mais intensos de minha vida que foi apresentar o Festival Hip Hop do Cerrado. <br />
<br />
Com um CD de bases do <i>Raffa</i> escrevi minhas primeiras canções e agora em 2017 participarei do consagrado e histórico álbum 'DJ Raffa - 30 anos'. Já dividi palco com <i>GOG, Jamaika e Viela 17</i>. Chorei emocionado lendo o <i>X</i> - <i>Câmbio Negro</i> me citando numa entrevista e repetindo em vídeo ou <i>Alemão do Sociedade Anônima</i> me reconhecendo e dando um salve. Parei o carro tremendo quando ouvi minha música tocando pela primeira vez na <i>Smurphies</i>, até que em janeiro de 2017 paguei antecipadamente todas as parcelas da escola de meus dois filhos.<br />
<br />
Vê? O <b>Hip Hop em Mim</b> é mais que um livro, é resgate, é fala, é pluralidade. Aprendi com o tempo, depois de falhar muito, há coletivizar o pouco que sei, o pouco que tenho. Quem escreve este livro não é apenas o Marcus Dantas, o Marquim MC ou Markão Aborígine, são mãos calejadas de diversos fazedores e fazedoras da Cultura Hip Hop no Brasil, que habitam, cantam, colorem e dançam no norte, nordeste, centro oeste, sul e sudeste.<br />
<br />
É literatura gratuita, nossa e <b>marginal</b>!<br />
<br />
Num esquenta, seguimos as regras da <b>ABNT</b>: Arte bairrista, nua e transgressora. <br />
Com amor e rebeldia, o cantador que canta a dor, o natural da terra, <b>Markão Aborígine</b>.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxLxKeVLBJDM2IhUhEuK2MGcfXo_MzzF1ZQpEh18lNy9X5RMfIGjM_Glq9xG0fN1qm2f8nmmh4FxxMz6CNMqyWh8UYIjE9s0b7yPaY_rTH-EcjApJACasoyx0IVIaEg7gWgaTqtiZNFw/s1600/Vinil+-+Hip+Hop+em+Mim+PNG.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxLxKeVLBJDM2IhUhEuK2MGcfXo_MzzF1ZQpEh18lNy9X5RMfIGjM_Glq9xG0fN1qm2f8nmmh4FxxMz6CNMqyWh8UYIjE9s0b7yPaY_rTH-EcjApJACasoyx0IVIaEg7gWgaTqtiZNFw/s400/Vinil+-+Hip+Hop+em+Mim+PNG.png" width="310" height="400" /></a></div><br />
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Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-86503391540765129882016-12-10T13:24:00.001-03:002016-12-10T13:28:38.983-03:00Por Direitos Humanos na Quebrada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-X3BL2NnGZSs/WEwsArNtwGI/AAAAAAAAGm8/6rgd5W7YrlIyAOQZu93-wCOTt2uqSRp9QCLcB/s1600/A%2Bvoz%2Bdas%2Bmulheres.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-X3BL2NnGZSs/WEwsArNtwGI/AAAAAAAAGm8/6rgd5W7YrlIyAOQZu93-wCOTt2uqSRp9QCLcB/s400/A%2Bvoz%2Bdas%2Bmulheres.jpg" width="400" height="203" /></a></div><b>GRITO DAS PERIFERIAS</b><br />
Direitos humanos e das mulheres na quebrada<br />
<br />
Aê! É fácil falar hoje que os direitos humanos são para humanos direitos, mas geralmente esse pensamente vem ali, exclamado por um televisor policialesco, por um apresentador que é um “humano de direita”.<br />
<br />
Engana-se quem acredita que “direitos humanos só defende bandido”. Ora, alguém já viu um defensor dos direitos humanos bradando em defesa de Eduardo Cunha, de Roriz? Eu nunca vi.<br />
<br />
Mas eu sei que se meu filho tiver o direito humano à educação, ou o direito humano ao lazer violado, meu filho tem direito a ser defendido por um ConselhoTutelar.<br />
<br />
_Então peraí, o Conselho Tutelar atua na defesa dos direitos humanos? Sim, de crianças e adolescentes. Vai vendo! Sabe essa luta que cê teve para receber o 13º salário? Os direitos trabalhistas também são direitos humanos e é essa parada que a gente tem que defender na quebrada.<br />
<br />
Essa mídia que fala o contrário pra nóis é dos ricos, nos faz acreditar que o jovem merecia morrer porque era do crime, repete várias vezes que ele tinha passagem, daí a gente não o vê mais como um vizinho, como um amigo de infância, mas como um criminoso. <br />
<br />
O pobre e preto, é ''dimenor'', o branco de classe média é adolescente, são tratamentos diferentes, tá ligado? Qual a cor das pessoas que foram torturadas na justiçaria brasileira impulsionadas por Raquel do SBT?<br />
<br />
É por isto que gritamos!<br />
Por direitos de jovens, negros e negras, mulheres e todo povo periférico e excluído.<br />
<br />
<br />
Retirado do livro MULHER QUEBRADA, 2015.<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-42632483433006330012016-11-14T10:23:00.001-03:002016-11-14T10:27:30.187-03:00Elemento 5: Hip Hop, basquete, consciência negra e Ceilândia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW6pMuTdUk9x63s3Th2itKrvGijyfrKko5zTuqN2FRqMoQyrpd-Yp_M3iaM42tlN-Ya9yrwhmwrDkJ0qQ4ASk5SmDhcULELQdCiUxOAPig4VO-zcO4BRhA_V6Kcy7p6jEjyKJgAc_mSw/s1600/ELEMENTO+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW6pMuTdUk9x63s3Th2itKrvGijyfrKko5zTuqN2FRqMoQyrpd-Yp_M3iaM42tlN-Ya9yrwhmwrDkJ0qQ4ASk5SmDhcULELQdCiUxOAPig4VO-zcO4BRhA_V6Kcy7p6jEjyKJgAc_mSw/s640/ELEMENTO+5.jpg" width="640" height="459" /></a></div>No próximo sábado, dia 19 de novembro ocorrerá em Ceilândia o Sarau Nacional Elemento 5. Organizado pela ONG Vila dos Sonhos e Secretaria de Cultura dos Distrito Federal, o evento reunirá artistas de diversos estados brasileiros, celebrando o aniversário do setor QNQ e o dia da Consciência Negra.<br />
<br />
Do nordeste R.Fiitu, de Minas Gerais Doc.Naipe, de Pirenópolis MC Murcego e AFAL de Anapolis - GO são algumas das atrações que abrilhantarão a festa. Além disto os grupos Sobreviventes de Rua, Família PR15, Alínea 11, Patrícia Sander cantarão clássicos e animarão o público presente. O Elemento 5 inovou a realização de eventos no Distrito Federal ao abrir chamamento público para apresentações culturais, logo, será uma festa diversa e rica como a diversidade brasileira.<br />
<br />
Traga sua família, seus filhos e filhas. Brinquedos, cortes de cabelo, ação social e poesia farão deste dia, um dia memorável e belo, assim como a comunidade da QNQ - Ceilândia.<br />
<br />
<b>SERVIÇO</b><br />
<br />
O que: Sarau Nacional Elemento 5<br />
Quando: Dia 19 de novembro a partir das 10hs<br />
Local: QNQ 5, Estacionamento da Paróquia São José Operário<br />
<br />
Informações e programação completa clique <b><a href="https://www.facebook.com/events/213862049050195/">AQUI</a></b><br />
<br />
<b>ENTRADA FRANCA</b>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-28604128608654065692016-11-05T18:11:00.000-03:002016-11-05T18:11:29.874-03:00 Hip Hop em mim! Nova obra organizada por Markão Aborígine<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-kyGgng0FcGA/WB5K7CrGlsI/AAAAAAAAGjo/wMQ04ir4Ckg_8k_SFYRqn_-NLiqxOp13wCLcB/s1600/Book.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-kyGgng0FcGA/WB5K7CrGlsI/AAAAAAAAGjo/wMQ04ir4Ckg_8k_SFYRqn_-NLiqxOp13wCLcB/s320/Book.jpg" width="226" height="320" /></a></div><br />
No próximo domingo, dia 13 de novembro será lançado gratuitamente o livro 'Hip Hop em Mim', uma coletanea com diversos autores e autoras brasileiras como Sara Donato de São Paulo, Prettu Joe de Goiania, Euri Mania de Pernambuco, PreThaís de Barreiras-BA, dentre outros que apresentarão os impactos do Hip Hop em suas vidas e comunidades.<br />
<br />
Além disto o poeta e militante Markão Aborígine, sem seu artigo, apresenta um olhar histórico acerca das origens de cada elemento do Hip Hop. Qual era o contexto economico das Jamaica durante a prática do toasting que ao chegar nos E.U.A torna-se nossa música, o Rap. Que ambiente político encontrou?<br />
<br />
São questões abordadas nesta coletanea. A organização é de Markão Aborígine e publicação da Editora Popular Poesia em Coletivo, pois 'se a história é nossa, deixa que nóis escreve'Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-60164733923105333512016-06-15T08:54:00.000-04:002016-06-15T08:54:01.873-04:00O JALECO E CADEIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-_UHu7JQTe7c/V2FPwbD5xLI/AAAAAAAAGA4/rfIosPJOzTUOYb6LzRdZ-K43XdwU6Tm3QCLcB/s1600/O%2BJALECO%2BE%2BA%2BCADEIRA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-_UHu7JQTe7c/V2FPwbD5xLI/AAAAAAAAGA4/rfIosPJOzTUOYb6LzRdZ-K43XdwU6Tm3QCLcB/s400/O%2BJALECO%2BE%2BA%2BCADEIRA.jpg" /></a></div><br />
O burguês faz o filho estudar Direito<br />
Pra manter os direitos e não dividi-los<br />
Superávit, mais valia, cargo vitalício<br />
<br />
Os patrícios <br />
Estudam 10 anos medicina<br />
Pra não cruzar com um pobre no corredor: montam clínica<br />
<br />
Descrição?<br />
Réplica de Van Gogh na parede, luminária moderna, jaleco elegante<br />
Se não tem convênio médico<br />
morre ali mesmo a gestante<br />
<br />
Que carrega consigo duas vidas<br />
Em uma noite percorreu mais de dez hospitais em Brasília<br />
<br />
Deparou-se com a super lotação<br />
Pessoas no chão, sem maca.<br />
Enquanto o médico que passou em concurso público<br />
Atendia na rede privada<br />
<br />
Pelo número da conta<br />
Não importa quantas pessoas estão em coma<br />
Clara, pagou pelas 150 paginas da monografia<br />
Comprou o diploma<br />
<br />
Isto num Brasil que faz de conta <br />
Que é de todos<br />
Espanca 25 mil crianças por mês<br />
Isto quando não pratica aborto (socio-oficial)<br />
<br />
<br />
<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-67986870194597462192015-08-09T17:35:00.002-04:002017-01-30T10:25:00.938-03:00Aborígine cede entrevista ao FestNegraO Festival da Cultura Negra - FestNegra 2015 é um projeto da Imaginário Produções que circulará doze cidades do Distrito Federal e região, fomentando debate sobre racismo e intolerâncias / resistência, além de shows e espetáculos.<br />
<br />
Dentro disto vários documentários veem sendo lançados, contendo entrevistas com militantes e fazedores de cultura. Nesta episódio convidamos para assistir a entrevista do educador social e música Markão Aborígine.<br />
<br />
Acompanhe o projeto: <a href="http://www.festnegra.com.br/">http://www.festnegra.com.br/</a><br />
<br />
<iframe width="660" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/h2Ys9iFZKYo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Assessoria<br />
contatoaborígine@gmail.comMarkão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-84686921381623513862015-06-04T14:04:00.001-04:002015-08-10T09:06:26.637-04:00#Fatura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-y6MNIRsMC0g/VXCTKYJpaXI/AAAAAAAAFew/wgHfAaYB9BY/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-y6MNIRsMC0g/VXCTKYJpaXI/AAAAAAAAFew/wgHfAaYB9BY/s320/download.jpg" /></a></div>Não!<br />
<br />
Não ficaria tão feliz com um milhão de acessos<br />
Ficaria quando no país tivessem um milhão a menos de analfabetos<br />
<br />
Quando fossem entregues às crianças <br />
um milhão de livros e mais um milhão de cadernos<br />
Quando nossas periferias formassem <br />
um milhão a mais de professoras<br />
um mihão a mais de médicos<br />
<br />
Um milhão de flores<br />
Um milhão de amores<br />
Um milhão de abraços<br />
Quem quer ser um milionário?<br />
<br />
Você?<br />
<br />
Mas saiba que não será só com um milhão<br />
Amizades<br />
sorrisos<br />
e luta,<br />
não se parcelam com cartão!Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-13158304607932359942015-05-29T11:39:00.000-04:002015-05-29T11:39:34.414-04:00A Panela<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-VlBzpVCJoIY/VWiHz6PpSAI/AAAAAAAAFb8/aP5R5UqAMvE/s1600/empregada%2Bpanela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-VlBzpVCJoIY/VWiHz6PpSAI/AAAAAAAAFb8/aP5R5UqAMvE/s400/empregada%2Bpanela.jpg" /></a></div><br />
(...)<br />
Não discordo que protestem batendo em panelas<br />
Acho até ideal<br />
Ruim mesmo é protestar sufocado com gás<br />
Apanhando de policial<br />
<br />
Quem deras<br />
Que a senhora de 70 anos não protestasse<br />
Dormindo em porta de creche <br />
Para conseguir vaga para neta<br />
E apenas batesse em panelas<br />
<br />
Quem deras<br />
Que a população de rua não protestasse<br />
Usando papelões e jornais para se aquecer<br />
Pois faltam cobertas<br />
E apenas batessem em panelas<br />
<br />
Quem deras<br />
Que a mulher agredida pelo companheiro<br />
Não lutasse por seus direitos<br />
Num matrimônio que encarcera<br />
E apenas batesse em panelas<br />
<br />
Quem deras<br />
Que o trabalhador e trabalhadora não protestassem<br />
Fazendo greves e marchas<br />
Pois um governo patrão seus direitos nega<br />
E apenas batessem em panelas<br />
<br />
Mas não!<br />
A panela, não é um padrão<br />
Ainda mais <br />
Com arroz e feijão.<br />
(...)Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-6891539559917496092015-05-27T12:05:00.000-04:002015-05-27T12:05:14.077-04:001º Sarau do Moinho<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-PKaLifgjY7A/VWXrJQ6rasI/AAAAAAAAFbQ/mM9VAb1G0N0/s1600/GRAMATICA%2BDA%2BIRA%2B-%2BLAN%25C3%2587AMENTO%2BFLYER.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-PKaLifgjY7A/VWXrJQ6rasI/AAAAAAAAFbQ/mM9VAb1G0N0/s400/GRAMATICA%2BDA%2BIRA%2B-%2BLAN%25C3%2587AMENTO%2BFLYER.jpg" /></a></div>O silêncio de uma feira popular de Samambaia é interrompido por um som com graves e mensagens contundentes, outrora, quem o faz é o som da viola de um repente.<br />
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Ao caminhar por corredores onde há farinha de toda qualidade, queijos, doces, roupas, brechós, filmes, com um aroma de comida caseira e nordestina, você depara-se com uma banca tímida, que chama atenção com um grafite lindo do poeta cearense Patativa do Assaré.<br />
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Por lá você encontra uma mistura de Literatura de Cordel, com Literatura Marginal, é o povo, em suas diversidades, representado, presente e contando sua própria história. Passando por livros de Toni C, Eduardo, Renan Inquérito ou outros produzidos artesanalmente pela Editora Poesia em Coletivo, você encontra obras de Florestan Fernandes, Paulo Freire, Engels e até títulos sobre a teologia da libertação.<br />
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O local? Livraria Moinho de Vento! Onde o padrão da beleza em brinquedos infantis é quebrado e você pode adquirir uma linda boneca negra, feita por artesãs locais. Onde você pode vestir-se da luta contra as intolerâncias e sair com umas camiseta escrita 'Machismo Mata', 'Homofobia Mata'; Onde nomes de obras e trabalhos periféricos estampam canecas e mouse pad's.<br />
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Um espaço simples, pequeno, modesto, assim como o cordel, simples, pequeno, modesto, mas que alfabetizou toda uma geração.<br />
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No próximo dia 06 de junho mais uma página será escrita nesta Literatura, além de uma livraria, Samambaia, periferia do Distrito Federal receberá o poeta e militante negro <b>'Nelson Maca</b>' lançando seu livro '<b>Gramática da Ira</b>'.<br />
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A prateleira dará lugar as pick-ups do DJ Liso, os corredores serão ocupados por poetas e poetisas, violões e canções, e neste espaço simples, pequeno e modesto, livros serão autografados e dedicados à algumas paixões, por que não? E isto não é revolução, amar?<br />
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O poeta Fernando Borges também estará presente com sua obra 'Favela como ninguém viu', a cantora Anne Baylor também lançará seu livro 'Manuscritos em nó maior', tudo isto ao som do freestyleiro Singelo MC.<br />
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É isto, simples assim, Moinho de Vento, Markão Aborígine... pois enquanto houver opressão e violência, haverá luta, ocupação e resistência.<br />
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SERVIÇO</b><br />
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O que: 1º Sarau Moinho de Vento<br />
Quando: Dia 06 de junho de 2015, a partir das 15hs<br />
Local: Feira Popular da QR 210, Box 86 - Samambaia Norte<br />
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Contato: 61 9602 6711 / contatoaborigine@gmail.comMarkão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-37173718742866446472015-03-31T12:09:00.000-04:002015-03-31T12:09:29.493-04:00Sobre cotas e resposta a alguns imbecis.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-9hAIutMvQlI/VRrEQ10oPpI/AAAAAAAAFUg/viShRblU6R0/s1600/protesto-cotas-usp-hg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-9hAIutMvQlI/VRrEQ10oPpI/AAAAAAAAFUg/viShRblU6R0/s320/protesto-cotas-usp-hg.jpg" /></a></div>Primeiro gostaria de saudar minha ancestralidade, meu nordeste. <br />
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Eu sou descendente de uma escravizada, por mais que isto seja silenciado nas conversas familiares. O sobrenome de minha tataravó era Sciole ou Aciolli, nome de origem européia. Por tradição, aliás, por um ato que invisibiliza a memória de negros e negras os Srs. de Engenho os batizavam com seus sobrenomes; Este nicho familiar, comandou algumas capitanias hereditárias no nordeste brasileiro.<br />
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Em 2014, um dos candidatos a presidência da república era descendente desta família (Sciole ou Aciolli). "O bagulho é doido"! Aqueles mesmos que detinham o ''poder'' nas capitanias hereditárias são os mesmos que ainda detém ou disputam o ''poder'' hoje.<br />
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Antes de prosseguir com o pensamento gostaria de escurecer algumas coisas, primeiro, quando se fala em minoria, não nos referimos a quantidade populacional, mas sim sobre minorizados e minorizadas políticas, e isto existe sim. Somos em maioria, mulheres, negros e negras, porém politicamente são estes e estas que sofrem com maior violação de direitos. Daí concordamos, pois "nunca seremos uma nação enquanto tivermos dezenas de minorias". Precisamos mesmo que as políticas públicas e econômicas atendam toda a nação e não refiro-me a políticas de transferência de renda.<br />
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Alguns dados. De 50 mil assassinatos por ano na guerra civil brasileira, a grande maioria são jovens e negros. Anualmente são 50 mil mulheres estupradas, ainda há intensa disparidade salarial. Sobre negros, em certos setores da sociedade a questão se agrava ainda mais, nos quadros da Direita Brasileira, como exemplo, quantos negros você conhece? No PSDB? Quando olhamos para o Congresso Nacional, quantos índios, quantos negros e negras, quantas mulheres?<br />
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Por outro lado temos a Bancada da Bala, a Bancada da Bíblia, a Banca Ruralista...<br />
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Dito isto, espero que não cite minorizados e minorizadas de forma irônica ou desrespeitosa; Que entenda que lutar por vida e justiça não é vitimismo, ser cuspido dentro de um ônibus coletivo pelo fato de ser negro ou negra não é vitimismo, ser comparado a animais (macacos) não é vitimismo, viver com estereotipia da grande mídia não é vitimismo, saber que a foto solicitada no currículo será fundamental para permanência no desemprego não é vitimismo. Ser agredido com lâmpada fluorescente por sua orientação sexual, não é vitimismo. Será que a criança assassinada pelo pai por gostar de lavar louças e ser ''afeminada'' (sic) também se vitimizava?<br />
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Negar o racismo é sinal de imbecilidade. Negar o sofrimento e invisibilidade do próximo é sinal de inumanidade.<br />
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Sobre inconstitucionalidade, o STF diz o contrário, inclusive em resposta ao Arena, partido da Ditadura, hoje Democratas, que entraram na justiça exigindo isto. O interessante é que essa direita brasileira, a mesma dos Ruralistas – latifundiários, foi a que desde sempre usufruiu de Cotas para seus filhos e filhas, via Lei do Boi, conhece?<br />
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Mas "Mendigos se esforçam e entram na universidade" (sic). Irmãos e irmãs isto é tão raro que transformam-se em matérias da Globo, daí estamos aqui acreditando nisto, mas é o contrário, a população de rua é acometida diariamente, é exterminada, é violentada e é - em maioria - negra.<br />
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Sim, todos e todas nós temos as mesmas capacidades intelectuais, porém precisamos entender que somente 100 anos depois a falsa abolição houve a universalização da educação e mesmo assim, é importante olharmos para a realidade de nossas quebradas e responder: Quantas escolas de ensino médio possuímos? Quantos teatros e cinemas públicos? Quantas universidades existem nas periferias? Nos meus 15 anos de vida estudantil em apenas UM DIA fui a um laboratório, NUNCA visitei um planetário, nunca tive um auditório digno para apresentações teatrais. E isto, interfere ou não no momento em que responderei as perguntas num vestibular?<br />
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Vejamos as políticas inclusivas desta maneira:<br />
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Metrô lotado. Idosos, gestantes, obesos e deficientes têm mais dificuldade de permanecer em pé. (PS. isto também é política afirmativa). Diante disto nós esperamos a solidariedade do povo que insiste em fingir que está dormindo, ou vamos criar leis específicas para garantir o mínimo de dignidade?<br />
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Sobre as cotas raciais e sociais é o mesmo. É urgente que aja maior investimento na educação de base, claro, daí garantiria o acesso de negros, negras e pobres num futuro. Porém, as cotas são hoje, uma forma de acabar com o Racismo Institucional, ou seja, precisamos sim, de mais professores e professoras negras, de médicos e médicas negras, de promotores e promotoras negras, de atores e atrizes negras, que não sejam apenas prostitutas, bandidos, escravizados e escravizadas.<br />
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Por fim, não são as Cotas que vão nos dividir, não. Quem fez e faz brilhantemente isto é o Capital. É... esse mesmo que põe soda cáustica em leite para lucrar mais.<br />
Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-13432458368591603802015-03-13T19:50:00.002-04:002015-03-13T19:51:58.652-04:00Assista ao novo clipe, Teresas<iframe width="800" height="530" src="https://www.youtube.com/embed/VfpI09saw50" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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Após dois anos sem lançar nada, Markão Aborígine apresenta seu novo trabalho: TERESAS, Uma música e um clipe muito importantes para o rapper. A letra? Markão compôs ao lado de sua esposa. O vídeo? Produzido apenas por mulheres.<br />
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A atriz Meimei Bastos é protagonista neste trabalho, Markão teve a alegria de contar com a linda Josi Araújo fazendo o refrão da canção e pessoas especiais que participaram do documentário.<br />
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Sobre a música Markão Aborígine diz: “TERESAS é uma música de nossas histórias, de nossas mães, de nossas irmãs, de nossas mulheres, de empoderamento e força”.<br />
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Via Site <a href="http://www.polifoniaperiferica.com.br/2015/03/markao-aborigine-lanca-video-abordando-a-questao-de-genero/">Polifonia Periférica</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6681864861687956200.post-82097419137575932642015-03-08T02:13:00.002-04:002015-03-13T19:25:28.078-04:00TERESAS, lançamento dia 13 de março<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJv2FwI0GrCVogRIxZ07qfJ9UwoI7eK0iUwS-rJZf5dRnUSCSUlaYdbasmwS_cqx8PPEw-qEcmGJqTitIOJtBK9k4KCKuHWEYBucQWVifxkdQ6MyGxX_eA3x_qleUIlkz2lsE90_8O4Q/s1600/TERESAS+Banner+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJv2FwI0GrCVogRIxZ07qfJ9UwoI7eK0iUwS-rJZf5dRnUSCSUlaYdbasmwS_cqx8PPEw-qEcmGJqTitIOJtBK9k4KCKuHWEYBucQWVifxkdQ6MyGxX_eA3x_qleUIlkz2lsE90_8O4Q/s400/TERESAS+Banner+1.jpg" /></a></div><br />
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Na próxima sexta feira, 13 de março de 2015, lançarei meu novo trabalho, chamado TERESAS. Com produção musical de Gibe e participação de Josi Araújo, produção audiovisual de Donna Filmes, protagonizado pela atriz Meimei Bastos, faz parte do álbum 'O Canto dos Mártires', mas que já conta com bastante aceitação do público.<br />
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O Clipe será lançado nas redes sociais, porém haverá exibição no Programa Bonde, da TV Comunitária, além de exibição nos canais WooHoo, Canal Brasil, dentre outros. A música estará disponível para download nas melhores Rádios do DF e sites de todo o Brasil.<br />
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TERESAS é uma música de nossas histórias, de nossas mães, de nossas irmãs, de nossas mulheres, de empoderamento e força.<br />
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<b>EVENTO</b> - <a href="https://www.facebook.com/events/363349353848780">https://www.facebook.com/events/363349353848780</a>Markão Aboríginehttp://www.blogger.com/profile/18016516476551067386noreply@blogger.com0