10 dezembro 2016

Por Direitos Humanos na Quebrada

GRITO DAS PERIFERIAS
Direitos humanos e das mulheres na quebrada

Aê! É fácil falar hoje que os direitos humanos são para humanos direitos, mas geralmente esse pensamente vem ali, exclamado por um televisor policialesco, por um apresentador que é um “humano de direita”.

Engana-se quem acredita que “direitos humanos só defende bandido”. Ora, alguém já viu um defensor dos direitos humanos bradando em defesa de Eduardo Cunha, de Roriz? Eu nunca vi.

Mas eu sei que se meu filho tiver o direito humano à educação, ou o direito humano ao lazer violado, meu filho tem direito a ser defendido por um ConselhoTutelar.

_Então peraí, o Conselho Tutelar atua na defesa dos direitos humanos? Sim, de crianças e adolescentes. Vai vendo! Sabe essa luta que cê teve para receber o 13º salário? Os direitos trabalhistas também são direitos humanos e é essa parada que a gente tem que defender na quebrada.

Essa mídia que fala o contrário pra nóis é dos ricos, nos faz acreditar que o jovem merecia morrer porque era do crime, repete várias vezes que ele tinha passagem, daí a gente não o vê mais como um vizinho, como um amigo de infância, mas como um criminoso.

O pobre e preto, é ''dimenor'', o branco de classe média é adolescente, são tratamentos diferentes, tá ligado? Qual a cor das pessoas que foram torturadas na justiçaria brasileira impulsionadas por Raquel do SBT?

É por isto que gritamos!
Por direitos de jovens, negros e negras, mulheres e todo povo periférico e excluído.


Retirado do livro MULHER QUEBRADA, 2015.