22 janeiro 2012

Pinheirinho Resistência


SÃO MILHARES DE FAMÍLIAS PERDENDO SUAS CASAS NUMA AÇÃO ILEGAL E VIOLENTA DA POLÍCIA MILITAR!

O Pinheirinho em São José dos Campos Amanheceu hoje presenciando um massacre. E foi um massacre, e não um enfrentamento, porque os moradores dormiam tranquilos em função de uma ordem da Justiça Federal, que PROIBIA a PM de fazer a desocupação!

Acontece que o Senhor Rodrigo Capez, representando a presidência do Tribunal de Justiça, está comandando a operação da PM, com uma ordem escrita para que SE DEOBEDEÇA A DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL.

Como se não bastasse, a ordem ainda determina que sejam combatidas quaisquer tentativas da Polícia Federal de defender a decisão e evitar a desocupação!

Essa ação arbitrária e ilegal mostra a todos COMO HÁ INTRESSES PARTICULARES E EXCUSOS NESSA OPERAÇÃO, e como aqueles que a comandam na verdade não estão comprindo a lei nem defendendo a população, mas sim usando todo o aparato militar para garantir interesses privados!

Já existem 3 mortos pela operação, e constantemente ambulâncias saem carregando feridos por essa ação.

Divulguem! Só a informação e a mobiliação de todos aqueles com o mínimo de bom senso para entender que a vida é mais importante que o lucro de uma minoria de privilegiados pode proteger essas famílias e muitas outras que podem passar pelo mesmo processo!!"

06 janeiro 2012

Madeireiros assassinam criança indígena



Quando a bestialidade emerge, fica difícil encontrar palavras para descrever qualquer pensamento ou sentimento que tenta compreender um acontecimento como esse.

Na última segunda-feira (3) semana*. uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.

Enquanto a criança – da etnia awa-guajá – agonizava, os carrascos se divertiam com a cena.

O caso não vai ganhar capa da Veja ou da Folha de São Paulo. Não vai aparecer no Jornal Nacional e não vai merecer um “isso é uma vergonha” do Boris Casoy.

Também não vai virar TT no Twitter ou viral no Facebook.

Não vai ser um tema de rodas de boteco, como o cãozinho que foi morto por uma enfermeira.

E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma do Cansei ou do Cansei 2 (a turma criada no suco de caranguejo que diz combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios).

Entretanto, se amanhã ou depois um índio der um tapa na cara de um fazendeiro ou madeireiro, em Arame ou em qualquer lugar do Brasil, não faltarão editoriais – em jornais, revistas, rádios, TVs e portais – para falar da “selvageria” e das tribos “não civilizadas” e da ameaça que elas representam para as pessoas de bem e para a democracia.

Mas isso não vai ocorrer.

E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.

A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que fazem. E ai de quem achar ruim.

Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador) por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os sindicatos são radicais.


Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.

E a situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.

Até quando?


05 janeiro 2012

Compostos vertiginosos

Todos são iguais perante a lei...
sem distinção de qualquer natureza
Li isto num livro onde a capa
É ilustrada por nossa bandeira

Besteira, fantasia? Tal artigo de nada serve
Disto estou convicto
Pois vivencio
O banditismo do GDF

Mas e claro! Os laços de amizade são mais fortes
passe livre ao estudante não!
Pois o amigo empresário sentiria nos cofres

Como pode?

Constantes derrubadas de barracos
Mas no alto do planalto permanecem intactas,
Construções irregulares
As margens do lago.

Cerrado devastado, especulação
Erguem reinados com a construção
Integram o estado com a eleição
Terrenos destinados a outros fins

Lógica macabra há negociação
Que se abra, a licitação
Propina revestida de doação
À honesta campanha que enfim

Acolhem em palácios emergentes
Num gabinete repleto de parentes
O criador e criatura desmascarados
Herança ou malditos atos
Praticados cotidianamente

Que se prendam os culpados
Respeitem o artigo
Atendimento personalizado
É barra pesada pra você meu amigo?

Quem o escreveu o artigo sonhou demais!
Ou é ineficaz minha leitura?
A culpa? Provém de incapazes de governar uma 'república'

Incompetência ou proveito próprio?
Escolha a alternativa
Em uma escala de zero a dez
Pontuação máxima atingida

Números... Lembram-me de certa conta
Que englobam a divisão e descartam a soma

Desigualdade televisiva,
Matemática racista
Dois negros do Big Brother
Casa dos Artistas

Criminalizam o caráter
visualizando a roupa que visto
Encontram a maneira mais fácil
de ignorar meninas e meninos

Privando-se da culpa e responsabilidade
A cegueira social entrega-os as ruas e não aos lares
A fome e frio são vencidos aos maus olhos burga
De um lado material escolar, de outro fuga

Intitulados a delinqüentes
Entregues ao vício. Quem vende?
Responsabilizando comerciantes
Mas e os coniventes?

Que se omitem perante as práticas corruptas e mandatos
Que só assistem o próprio suicídio a prazo
E somente quatro anos depois se lembram de cobrá-los.
(Senão colocarem em risco seus cargos comissionados)

Eis a questão! Quem sabe faz a hora
Sai muito caro.
Saúde e trabalho
Nossa ambição e demora.

Caso sejamos iguais em uma natureza
Que não sejamos animais selvagens
Que aceitemos a beleza
Da vida e não do capital sujo e covarde.

Que o ensinamento individualista
Seja apagado de nossos livros
Que reine em nossas atitudes
A vida, mas em coletivo!

Coletânea Escrita - Aborígine Incita
Em breve