31 maio 2014

Morbidez


A resposta a obesidade encontra-se em diversos espaços e situações. Vai desde a inexistência de dialogo familiar, perpassa a péssima merenda escolar brasileira regrada a gordura e fritura, ao abandono da educação física nas escolas públicas e também todo contexto social e cultural que nega ou tenta esconder os sabores de frutas e hortaliças.

Minha morbidez passou por cada caminho destes e só eu sei quão difícil é enfrenta-la. Não é falta de força de vontade. Esta sociedade esbelta/infeliz nos agride, nos isola, nos criminaliza.

Não conheço alguém que escolheu ser mórbido, mas ser preconceituoso vem a ser. Hoje ao tempo que brincava com meus filhos na praça ao lado de casa, exercitei-me nestas academias públicas.

Ao tempo que me desafiava deparei-me com os olhares, aqueles mesmos olhares de agressão e isolamento. Logo refleti sobre quão cruéis somos. Rimos de quem procura a cura ou alívio para uma doença. Quando fazemos isto, desviamos o foco da causa da obesidade.

E mais uma vez deparo-me com a intolerância e preconceito, como instrumento primordial para o sucesso do Capital e individualismo, nos afasta e nos divide.

O que hoje, serviu para passar o tempo enquanto meus filhos brincavam será mais comum, não para responder este padrão de beleza tão horroroso e inexistente, mas para olhar para mim e cumprir o que sempre desejei a amigos e amigas: Vida saudável e rebelde.

A rebeldia carrego a bastante tempo ...

MELHOR FORMA: http://aboriginerap.blogspot.com.br/2012/10/melhor-forma.html

O Canto dos Mártires - 1ª etapa


Amor e rebeldia.

Esta é a resposta a quem pergunta sobre o conteúdo do disco. Amor e memória a história de rebeldes brasileiros e brasileiras. Reflexão sobre o martírio cotidiano de crianças, adolescentes e jovens, mulheres, idosos, negros e negras, camponeses e camponesas.

É Rap combativo, legítimo. Música rebelde num tempo em que a cooptação e banalização se faz tão presente. Um disco simples, independente, mas totalmente dependente à utopia que nos move.

"Dizem que o Hip Hop morreu... Se isto realmente aconteceu, eis aqui um mártir". Me somo a tantos e tantas que ainda acreditam no poder revolucionário da música, me somo a vocês que acreditam num Hip Hop em movimento.

O circuito Canto dos Mártires ainda passará por Valparaíso, Estrutural e Ceilândia. Fiquem ligad@s!

RAPedagogia do Oprimido


"Ocupar é diferente de preencher espaço."

Trecho do livro 'Sem rosto, família ou nome'. Tenho um sonho antigo e mágico de ser professor, talvez porque um dia uma professora identificou uma certa potencialidade na escrita e foi aos poucos introduzindo a poesia em minha vida.

Desde então, cada letra que faço é um planejamento pedagógico de como poderei, um dia utiliza-la em sala da aula. Cada letra que faço é um olhar responsável aos idosos e idosas, aos mais jovens.

Nestes 15 anos de caminhada e militância no Movimento Hip Hop não tive a alegria - falha minha - de me formar, porém a primeira vez que pisei em uma Universidade foi para cantar, para levar a poesia de Samambaia, que na época tinha menos de uma dezena de estudantes na UNB.

E assim como este dia, ocupamos espaços de formas diferentes. E mais que sucesso ou cifras partilho conquistas:

Melhor forma - Utilizada na aula Sociologia do Corpo I UNB
Meio Século - Utilizada em História I Centro de Ensino Elefante Branco
Andares - Utilizada em Direitos Humanos I UFS
O Chafariz - Utilizada em escolas de Samambaia
A Colônia - Utilizada em escolas do Gama

#RAPedagogia do Oprimido

Por fim partilho atividade proposta pela 'Coordenação de Educação em Diversidade - CEDIV' da Secretaria de Educação do DF onde propõem, por meio de roteiro atividade/aula a partir de #OCirco

Um material riquíssimo que me fez olhar pra minha música de um jeito diferente e inspirou-me a incluir vários elementos já nas palestras que realizo por meio da campanha Diversidade Viva.

Aos amigos educadores, educadoras, professores e professoras minha profunda gratidão pela confiança e respeito!

CLIQUE AQUI http://aprender.se.df.gov.br/diversidade/blog/rapedagogia-do-oprimido