28 outubro 2012

O Chafariz [Lançamento]


25 de outubro de 1989. Nasce Samambaia, periferia do Distrito Federal. Os primeiros banhos foram tomados com água do chafariz. Os primeiros leitores foram alfabetizados no Parque Três Meninas.

O Chafariz é símbolo de vida e superação. Famílias oriundas de invasões ou fugindo do monstro do aluguel encontram em Samambaia um novo, ou primeiro motivo para sorrir.

Baseado na força e beleza deste povo, em nossa história de luta e superação, lançaremos em seu aniversário uma nova canção, não em comemoração, mas em homenagem e fortalecimento desta mesma luta.

Se um dia aprendemos a ler no Parque Três Meninas, hoje o vemos entregue a abandono. Se um dia nos divertimos nos campinhos de terra, hoje arranhas céus, filhos da especulação imobiliária nos tiram o divertimento.
Se um dia a diversão fora subir em árvores contorcidas do cerrado, hoje o Parque Gatumé não vem sendo preservado.

Somos mais de 250 mil vizinhos e vizinhas, ainda cruzando Bocas da Mata e Primavera (vias de ligação) para ter acesso a cinema, a teatro. Talvez isto seja resposta, para a cidade com mais adolescentes em conflito com lei.

Assim como a linda criança da foto, enfrentamos e sobrevivemos à poeira, à lama, mas hoje somos alvejados por uma política excludente, que presta serviço a burguesia.

Esta canção é dedicada a cada um e cada uma que sofreram e ainda sofrem com um péssimo transporte público, com os preconceitos enfrentados ao estudar em escolas de outras cidades, com o péssimo hospital, com sua história sendo extinta, mas que ainda sorriem...

A cada um e cada uma que como presente, recebe a transferência do Lixão para a cidade. Logo num local com nascentes e rio que deságua na Bacia do Paranoá. Talvez o lixo, de um jeito ou d'outro voltará a nós.

O Chafariz.
Dedicada a este povo: Vencedor!

Saiba mais: http://ochafariz.blogspot.com.br/

27 outubro 2012

Cine Câmbio Negro este sábado!


Neste sábado, dia 27 de outubro ocorre mais uma edição do CineClube Câmbio Negro com apresentação dos vídeos Três Meninas e Meio Século. Vídeos que narram e debatem sobre Samambaia, ambos gravados no Parque Três Meninas.

A cidade completou esta semana 23 anos e o evento vem a dialogar e sobretudo a refletir sobre as lutas da comunidade.

Ocorre ainda uma integração junto ao Sarau Samambaia Poética onde haverá poesia com Dr.Paulo,Luiz Vieira [este que será homenageado] pioneiro da cidade, música com Bya Costa, Paralelo Rock e Aborígine, lançando a música O Chafariz.

Compareça!

O que? CineClube Câmbio Negro
Onde? Praça da Qr 406, em frente ao Rei do Pastel - Samambaia Norte
Hora? A partir das 20hs
Entrada? Traga 1kg de alimento e sorrisos

Organização: Coletivo ArtSam & Poesia em Coletivo
Informações: 9602 6711

25 outubro 2012

Prêmio da Música Candanga


Está aberta a votação para o Prêmio da Música Candanga. O mesmo tem como objetivo valorizar, reconhecer e incentivar o desenvolvimento da música e da cultura de nossa cidade, bem como homenagear aqueles que já fazem parte da história cultural da Capital Federal com a presença e a participação da Imprensa, críticos e a população na eleição dos que mais se destacaram durante o ano de 2012.

O projeto Aborígine concorre na categia Rap-Hip Hop. Tal projeto já fora também premiado pelo Ministério da Cultura dada relevância e legitimidade do mesmo. Mais que música Aborígine é militancia social, utiliza-se a música Rap como instrumento pedagógico em escolas públicas, ministrando oficinas sobre drogadição e criminalização da juventude, diversidade e preconceito, dentre outros.

Com uma década de existência, 02 CD's lançados, sendo um destes um recital poético, Aborígine ocupa local de destaque na cena urbana candanga. Votar neste projeto é reconhecer um trabalho feito com compromisso e enraizado na luta pela transformação.

Para votar clique AQUI

Assessoria de imprensa

Retratos da Invasão


Ao contrário do que se imagina, não são pobres criminalizados e excluídos ocupando espaços públicos exigindo direito a moradia e sim, obras grandiosas, filhas da especulação imobiliária que brotam no meio de praças públicas, áreas verde e campos de futebol.

Basta percorrer Samambaia por alguns minutos e nota-se o pseudo desenvolvimento da cidade, através de inúmeros andares. A cidade recebe a dita Classe Média Alta ofertando proximidade ao metrô, a apenas 20min do Plano Piloto.

Não mais! Hoje enfrentamos engarrafamento em nosso trânsito, o esgoto não suporta a quantidade de degetos - sim, isto é um trocadilho, os novos moradores não preocupam-se com a vida social da cidade, apenas dormem aqui. Não utilizam o Mercado do Camilo, ou compram o queijo na Feira da 202.

Ao meu ver são parasitas. Invadem um terreno, furtam o lazer de crianças, interrompem até o trafego de aviões. E tudo de forma lícita - sim, isto é ironia. Como entender que áreas destinadas a praças, parques, preservação hoje tem como atração prédios, apartamentos?

Resposta: Propina, política corrupta, compra de alvarás.

Aos 23 anos lutar por Samambaia, esta jovem senhora, é fundamental. Para que meus filhos, Carlos e Marcus Jr. num futuro próximo tenham no mínimo um parquinho de metal, pois subir nas árvores do cerrado... Disto não tenho esperança.



lan


Trechos da canção:

"Quem de ti usou, hoje lhe dá as costas
Em Brasília tem investimentos, mas na COPA
Temos parques de preservação, nascentes
Poluídos através de uma politica incompetente

Que vende alvará, de onde brotam imensos prédios
O povo não possui, mas Engenheiros têm privilégios
Ao invés de colégios, campos de futebol
Arranha céus não permitem ver o nascer do sol"

24 outubro 2012

Lançamento de O Chafariz


25 de outubro de 1989. Nasce Samambaia, periferia do Distrito Federal. Os primeiros banhos foram tomados com água do chafariz. Os primeiros leitores foram alfabetizados no Parque Três Meninas.

O Chafariz é símbolo de vida e superação. Famílias oriundas de invasões ou fugindo do monstro do aluguel encontram em Samambaia um novo, ou primeiro motivo para sorrir.

Baseado na força e beleza deste povo, em nossa história de luta e superação, lançaremos em seu aniversário uma nova canção, não em comemoração, mas em homenagem e fortalecimento desta mesma luta.

Se um dia aprendemos a ler no Parque Três Meninas, hoje o vemos entregue a abandono. Se um dia nos divertimos nos campinhos de terra, hoje arranhas céus, filhos da especulação imobiliária nos tiram o divertimento.
Se um dia a diversão fora subir em árvores contorcidas do cerrado, hoje o Parque Gatumé não vem sendo preservado.

Somos mais de 250 mil vizinhos e vizinhas, ainda cruzando Bocas da Mata e Primavera (vias de ligação) para ter acesso a cinema, a teatro. Talvez isto seja resposta, para a cidade com mais adolescentes em conflito com lei.

Assim como a linda criança da foto, enfrentamos e sobrevivemos à poeira, à lama, mas hoje somos alvejados por uma política excludente, que presta serviço a burguesia.

Esta canção é dedicada a cada um e cada uma que sofreram e ainda sofrem com um péssimo transporte público, com os preconceitos enfrentados ao estudar em escolas de outras cidades, com o péssimo hospital, com sua história sendo extinta, mas que ainda sorriem...

A cada um e cada uma que como presente, recebe a transferência do Lixão para a cidade. Logo num local com nascentes e rio que deságua na Bacia do Paranoá. Talvez o lixo, de um jeito ou d'outro voltará a nós.

O Chafariz.
Dedicada a este povo: Vencedor!


Música: O Chafariz
Letra:
Markão Aborígine
Produção: Diego 157
Gravado por: WTy no MD Estúdio

Lançamento oficial: 25 de outubro as 17hs!

19 outubro 2012

Tá mudando pra melhor! Conselheiros Tutelares são detidos


NOTA PÚBLICA DE NOTA DE REPÚDIO

ASSOCIAÇÃO DOS CONSELHEIROS EX-CONSELHEIROS TUTELARES DO DISTRITO FEDRAL – (ACT-DF), na condição de entidade representativa dos Conselheiros Tutelares do DF e comprometida sempre com a luta, o desenvolvimento e o fortalecimento da categoria bem como dos 33 Conselhos Tutelares distribuídos nas Regiões Administrativas no âmbito da jurisdição do Distrito Federal, torna pública a seguinte nota de repúdio:

Revistados do sentimento de indignação é o que nos move ao escrever esta nota de repúdio contra “Operação remoção de famílias carentes da Região Administrativa da Estrutural ”, realizada no dia 17 de outubro do corrente amo, pela Polícia Militar em parceria com a Secretaria de Estado de Ordem e Política Social - SEOPS/DF e outros órgãos do Governo do Distrito Federal, ação esta em que foram agradidos e presos pela Policia Militar do DF os Conselheiros Tutelares Djalma e Alessandro, tendo estes sido algemados e conduzidos vergonhosamente em uma viatura no cúbico destinado os bandidos.

Os dois conselheiros são atuantes na Defesa do Direito da Criança e do Adolescente e estavam impedindo a retirada de famílias carentes da Estrutural, pois não existiam ordens judiciais para a retirada, as famílias já moravam há muito tempo no local e não tinham para onde ir e nem lhe foram ofertadas local para irem com os infantes (crianças e adolescentes), os núcleos familiares tinham crianças e adolescentes e por isso a intervenção dos conselheiros tutelares, com base nos artigos 4º, 5º, 15, 18 e 70, que acabaram sendo desrespeitados, agredidos e presos arbitrariamente e pela truculência da policia militar do DF.

A Constituição Federal, intitulada de Constituição Cidadã, objetiva a democratização das relações na sociedade brasileira, baseada nos princípios da dignidade humana e do respeito aos direitos fundamentais de todas as pessoas. Justamente estes princípios estão sendo desrespeitados quando se empenham esforços na realização de uma “Operação” de tal monta.

O Distrito Federal e o Brasil vêm, ao longo dos anos, repetidamente vivenciando situações como estas. O que se ganhou com isso? Nada! Recurso público desperdiçado, mau aplicado e não houve mudança no cenário, às pessoas continuam em situação de vulnerabilidade e para esconder ou melhorar a imagem de “incompetente” dos poderes constituídos, pensa-se em ações de repressão à tão sobrepujada e desesperançada população. O que presenciamos são casos de limpeza étnica, faxina social, racismo ambiental, evidentes no fato tratar os desfavorecidos como bandidos ou qualquer outra adjetivação.

A simples remoção de crianças, adolescentes, mulheres, adultos e idosos em situação de rua ou de moradas, assentamentos e lotes irregulares por meio da discriminatória” Operação remoção de famílias carentes”, certamente não resolverá os graves problemas sociais em foco, cuja solução somente virá com a implantação de políticas públicas eficientes, ainda longe de serem contempladas nas regiões administrativas do Distrito Federal.

A precariedade e a ineficiência das políticas públicas de atendimento a crianças, adolescentes, mulheres, adultos e idosos em situação de rua e a falta de políticas habitacional acessiva aos mais carentes, vem sendo constatada há tempos, situação que se agravo ainda mais pela falta de gestões públicas planejadas e ações organizadas.

O número insuficiente de profissionais capacitados para atendimento e a falta de uma política pedagógica, a ausência de locais apropriados para acolhimento dessa população a exemplo, fato amplamente divulgado diariamente pela mídia, bem como a desestruturação dos Conselhos Tutelares são alguns dos fatores que retratam a ineficiência das políticas públicas na área do de atendimento a crianças, adolescentes, mulheres, adultos e idosos em situação de rua e em loteamentos irregulares, o que leva a mobilizar outros setores da sociedade (segurança pública, empresários etc.) na busca de soluções que reduzam a presença desta população nas ruas, através de ações não tipicamente vinculadas às suas atividades.

Recomendamos à Secretaria de Segurança Pública, bem como a Polícia Militar do DF, que pensem a Política de Segurança Pública do Distrito Federal não de forma isolada, mas como a própria Constituição diz, de forma articulada com vários segmentos do Estado. É papel da Assistência Social e não da Segurança Pública cuidar da população em situação de vulnerabilidade. A população de rua ou aqueles que estão em loteamento, assentamento ou lotes irregulares vive em situação de vulnerabilidade e tem seus direitos mais básicos violados e não deve ser a polícia mais um ente violador.

A Segurança Pública do Estado do Distrito Federal, deve se preocupar em seguir a Constituição Federal, garantir efetivamente a segurança do cidadão, fundamentada nos direitos humanos essenciais da pessoa humana, onde a liberdade é um princípio e não a exceção, deixar de criminalizar as diferenças sociais, políticas, econômicas e culturais.

De outro lado, faz-se urgente, por parte da Secretária de Estado de Assistência Social, Secretaria de Estado de Habitação e do Trabalho do GDF a implementação de uma política distrital eficaz no atendimento a crianças, adolescentes, mulheres, adultos e idosos em situação de rua ou aqueles que ainda não tem sua moradia própria.


Brasília, DF, 17 de outubro de 2012.
ACT DF

11 outubro 2012

#Melhor Forma

O que acontece? Vivo, respiro Rap, Rap a gente canta
Primeira música – Uai... Já ta doendo a garganta?
Por favor, o microfone ta baixo, aumenta o retorno
To rouco! Desço do palco e logo escuto: Markão você ta muito gordo

Sua camisa ta puro suor, parece que tomou “banhe”
Não, não, vou lhe falar o melhor, uma fã jogou champagne
Nossa que louco você conhecia a mina
Nada, estava indignada, pois havia pedido era pinga

Já previa, na rotina artística surpreendente
O talento não importa, na hora escuto, oh o MC Fat Family
Eis o MC Amedrontado num palco de madeirite
Joga a mão pra cima e diga How Willy

Verdadeira saga encontrar uma roupa GG
Minúscula, mas digo a vendedora, acho que vai caber
Entro no provador, do pescoço seque passou
Mas não me entrego! Moça não vou levar, não gostei da cor

Em meio a insistência, compro e saiu sorrindo
Levo a costureira e digo, e cada lado aumenta 10 cm.
E o povo pergunta: Modelo novo? Que luxo
Lógico, excesso de gostosura, estilo único

Caminho com a camiseta, sob uma social aberta
Não por moda, mas é que o botão não fecha
Corpo de atleta, disputa acirrada dependente do menu
Levantamento de talheres, competidor número um

E ae Markão, vamos jogar futebol parceiro
Atacante? Você escolhe goleiro ou zagueiro
Torneio na escola... Vários gritando
Mau entrava no jogo e já ouvia: Juiz tem duas bolas em campo[

Em meio a ironia quantas vezes eu choro
Olho minha família, minha vida, cá estou obeso mórbido
Excluído num canto, o olhar, o julgamento, a roleta do ônibus
Fora do padrão, da sociedade plácida, sem neurônio

Pra sociedade falta-me apenas vontade pra redução do peso
O que dói não é a doença da obesidade, mas o preconceito
Covarde, com bulling, que machuca por dentro
Prefiro meu peso, meu jeito, ao ser anencéfalo sem sentimento

Quais investimentos em políticas de segurança alimentar
Da 1ª a 8ª série só fritura, gordura, açúcar e o controle remoto pra trocar
De canal durante a propaganda da guloseima divertida
Brinde, embalagem colorida, tazomania, 1ª infância – milicalorias

Pra onde ir agora?
Senhores, senhoras
Grato pela atenção!
Markão: Em sua melhor forma.

Markão Aborígine

06 outubro 2012

Cine Câmbio Negro exibe Ditadura da Especulação


Neste sábado, dia 13 de outubro será exibido o filme Ditadura da Especulação no CineClube Câmbio Negro.

O evento contará ainda com participação de poetas e grupos de Rap: Aborígine, Arsenal do Gueto, Al Unser, Quadrilha Intelectual, Glauber MC dentre outros. A entrada é franca, mas pede-se a doação de 1kg de alimento não perecível e ou brinquedos.

O que? CineClube Câmbio Negro
Onde? Espaço H2O, Quadra 101 - Recanto das Emas
Hora? A partir das 20hs

Assista ao documentário:



O curta metragem, que não recebeu qualquer tipo de patrocínio, mostra as tentativas de impedir que as máquinas derrubassem a vegetação local para construção dos edifícios, cujo metro quadrado, o mais caro da capital, pode chegar a R$ 25 mil.

Além disso o documentário também mostra diversos confrontos entre índios, manifestantes, polícia militar e seguranças da administradora Terracap, que além de ser a estatal que administra as terras públicas do Distrito Federal, curiosamente também é uma das patrocinadoras do festival de Brasília do cinema brasileiro, onde o curta ganhou o prêmio de Júri popular. O filme retrata exatamente este movimento de resistência ao avanço das construções desse novo bairro em Brasília, que tenta retirar do local um antigo santuário indígena e uma comunidade indígena que habita a área.

A causa relatada no curta comoveu a platéia que ao fim da exibição, pela primeira vez desde o início da mostra competitiva do Festival de Brasília 2012, aplaudiu um filme em pé.

A Ditadura da Especulação é dirigida por Zé Furtado que "é um voluntário do Centro de Mídia Independente, uma locutora de radio livre, uma trabalhadora que paga 4 ônibus lotados por dia na Samambaia, um cineasta sem cinema onde passar seu filme, é uma sem terra em Planaltina, um desempregado na Estrutural, Catraqueiro no Paranoá, Honestino na UnB, uma Feminista nas ruas da cidade.

Zé Furtada é o zapatista sub-comandante Marcos, suas representações e maiorias sociais. Maiorias, sim! Minoria é o 1% dono dos meios de produção e do poder institucional. Somos mais!".

Na verdade o filme é de um coletivo de cineastas responsáveis pela obra, e tem o objetivo de ser uma ferramenta politica que se desdobra em ações práticas."

Realização:

Coletivo ArtSam e Nakaradura Produções

03 outubro 2012

DF te vê?



A respeito da Educação no DF e Entorno, o jornalista e comentarista Alexandre Garcia afirmou, no DFTV: "enquanto houver um muro de escola pinchado há um erro no processo educativo, porque as pessoas preferem o vandalismo ao aprendizado.”, disse.

Eu afirmo: Enquanto houver muros e a compreensão de que Escolas são instituições não pertencentes as Comunidades o resultado vai ser sempre o inesperado. O que temos é o armazenamento de Jovens em espaços alugados desestruturados, sem fiscalização dos Órgãos competentes, ou seja, tudo empurrado pela barriga.

O sarcástico disso tudo muito mais pela seriedade que se demonstra é que, quando faltam Escolas para estes jovens os meios de comunicação convencionais não incluem em suas pautas diárias noticiários sobre: a educação pública, a qualidade de ensino, o estudante e o dia a dia nas escolas, pelo contrário, não tão nem aí.

Mas no caso das brigas, violências, rixas de gangues, tráfico de drogas é uma satisfação imensa dos veículos de comunicação pautar, criminalizar, culpabilizar e transformar ess@ jovem que sempre foi vitima, em um Animal, desumano e criminoso com muito sangue nos olhos, e que no jogo de lobos ainda é um bezerro.

Falamos da escola como um espaço educativo de caráter coletivo, inclusivo e que influi na formação pessoal e coletiva de tod@s @s envolvid@s: administradores, professores, funcionários e, principalmente, estudantes e Comunidade.

Mas será que isso é observado no cotidiano das Instituições? Sejamos sinceros, claro que não. Ai vem os positivistas e dizem, "mas tem esses projetos educacionais que a comunidade participa!!!”, resumo de (caô!!!).

O que sabemos disso tudo é que o buraco é mais embaixo. Problemas estruturais envolvidos, investimento, corrupção, falta de uma formação pedagógica que não seja de faz de conta que tenha a compreensão de asas e não de gaiolas.

Portanto a busca é por um projeto de Ensino sem cárcere, participativo e dinâmico. Que compreenda seu público como Cidad(ãs,ãos). Caso contrário toda ação tem uma reação!

Se falta é porque sobra em outro lugar.

Educação não dar pra ficar de faz de conta, é sério - são vidas e com pessoas não podemos brincar de construir o futuro, só se for por uma lógica de interesses de que: não se tenha futuro...

Por Eduardo Machado
Fórum de Juventude negra