27 outubro 2010
A esquerda em Lan House
" O afoiçe e martelo deu espaço as teclas e o punho fechado, hoje gravata aperta"
Quatrocentos e quarenta mil! Esta foi a quantidade de votos recebidos pela família Roriz em Brasília. Como sabem a família Roriz comanda o planalto central desde a época da ditadura militar, com uma politica coronelista, assistencialista e sobretudo corrupta. E este número de votos não se deu por falta de opções, que haviam, mas infelizmente por imensa alienação da população, seja esta idosa ou jovem.
Durante os debates e programas eleitorais nos veículos de comunicação ficava clara a diferença entre os projetos de governo. De um lado o reaparelhamento dos postos de saúde, farmacias públicas e hospitais, de outro a construção de uma nova cidade, agora da saúde e bolsa remédio, que na prática distancia o direito da população e enriquece ainda mais as empreiteiras e empresários farmaceuticos.
O que deu errado então? A resposta vem em outra pergunta: A esquerda está nas ruas ou atras de monitores? A nível nacional uma anticampanha foi promovida contra a candidata Dilma, teoricamente de um governo de esquerda, partindo de acusações como assassina e terrorista, aproveitando um trecho da história brasileira que é omitido, a Ditadura Militar; Até mesmo pela mídia corporativa que hoje beatifica Romeu Tuma, um dos maiores torturadores.
Quem não teve suas caixas de e-mail lotadas por "Dilma diz isto", "Dilma fez aquilo", "Dilma abortífera"? Só que agora, segundo turno, ao inves da esquerda ou o PT, partido atingido por tais acusações ir pra rua, retornar a base que um dia teve, ironicamente lota nossa mesma caixa de e-mail com ataques a José Serra.
Em Brasília Toninho do Psol venceu em algumas regiões, veja: Asa Sul e Cruzeiro. Regiões de classe média alta e alta. Mas quantas bandeiras do Psol vimos nas periferias? Quantas ações foram feitas em escolas periféricas ao invez de interevenções na UNB infestada por burguesses adolescentes?
As bandeiras levantadas pelo PCO e Pstu inspiram e nos fazem sonhar com este mundo que é possível. Mas quantas bandeiras vimos nas periferias? Entendiamos a linguagem 'popular' dos discursos? Não! É necessário que a 'esquerda' saia dos grandes centros, da revolução teórica, de traz das teclas e vá as ruas. Que retome a formação de núcleos de base, que forme politicamente a juventude, senão o comunistas para sempre matarão criancinhas.
Veem? Temos que reconstruir e reeducar a esquerda brasileira. A perifería é o centro! De vida e não somente votos. A família Roriz irá continuar com Jaqueline que vem sendo construida como próxima candidata ao governo e com Liliane recém eleita a Deputada Distrital. Fala-se muito que hoje a Direita candanga não tem nomes fortes para um pleito, mas se a Esquerda candanga não aprender com os erros que vem cometendo, continuará como uma oposição fraca e sem construção de novos atores, pois a cada dia envelhece.
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