18 julho 2011

Companheiro Gildo, PRESENTE


Em 2000, o então governador Joaquim Roriz, tinha dado ordem de reprimir
violentamente a greve dos trabalhadores da limpeza urbana, a SLU, se ela
viesse a acontecer. Gildo Rocha, um dos líderes da greve, saiu de casa de
madrugada no dia 6 de outubro para uma atividade da greve, votada em
assembléia: furar sacos de lixo, para impedir o trabalho dos fura-greves.
Policiais a paisana o abordaram e, na perseguição, foram disparados 17 tiros
contra seu carro, e um deles o atingiu nas costas.

Para esconder o covarde crime, os policiais afirmaram que Gildo estava em
atividade suspeita, e que ele foi o primeiro a disparar. Colocaram arma e
drogas em seu carro.

A perícia desmentiu tudo, provou que Gildo não tinha consumido drogas, que
não tinha feito nenhum disparo.

Depois de 10 anos, chegou-se a afirmar que o próprio Gildo teria
responsabilidade em sua morte, por ter tentado fugir. "Eles chegaram de
madrugada, sem uniforme e carro oficial e de arma na mão. Quem não tentaria
correr?", pergunta Gleicimar de Sousa Rocha, viúva de Gildo.

O processo cível aberto para responsabilizar o Governo do Distrito Federal
pelo assassinato, e exigindo pensão para a família da vítima, também não deu
em nada. A família do Gildo e o PSTU entraram com recurso e o julgamento
será nesta terça, dia 8 de junho, no Fórum de Ceilândia.

Chega de repressão e criminalização dos movimentos sociais.
Exigimos justiça pela vida de nosso caro companheiro!

Companheiro Gildo, PRESENTE!

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