08 fevereiro 2012

O Circo. Nova canção de Aborígine


Machismo, homofobia, gênero, preconceito racial são temas da canção ‘O Circo’ lançada no último domingo, dia 5 de fevereiro pelo projeto Aborígine.
Com letra e interpretação de Markão Aborígine, produção musical do baiano Diego 157 e gravada por Wty no MD Estúdio, a canção logo recebeu ótimas críticas do público, professoras e professores, artistas e jornalistas do meio.

O Circo é a primeira canção a ser lançado do álbum ‘O Canto dos Mártires’, segundo da carreira dos mesmos, com previsão de lançamento ainda neste primeiro semestre. Markão Aborígine, músico e coordenador da ação, é militante do Movimento Hip Hop e atua como Conselheiro Tutelar e Educador social no Distrito Federal.

A música “O circo” não é só uma denuncia, mas também uma convocação para o despertar desta gente nossa. Olhos atentos não são mais o suficiente. Ficar olhando as coisas acontecerem e não entender como isso afeta eu, você, todos nós. Já basta você não acha? Essa música realça a indignação, ao abordar na simplicidade que – Somos vitimas também de nós mesmos. Nós que não acreditamos na nossa capacidade de mudar as coisas, nós que só culpamos os outros, nós que nos vendemos e que fomos roubados de nossa crença, de nossa força, nós que não acreditamos muitas vezes em nós mesmo. Estão nos injetando a inconsciência, na forma de novela, músicas com apelo sexual, falsas referências, tudo escondido atrás do assim dito “Tempos Modernos”. Assim fica fácil este “circo” continuar fazendo piadas das nossas vidas. “O Circo” é uma Música de despertar. É isso.

Crônica Mendes, A Família.

Fiel à tradição do rap de fazer da música não apenas uma diversão, mas também uma forma de olhar criticamente para o mundo, o rapper Markão Aborígine uniu ritmo, letra e consciência política, o que resultou na criação de sua mais nova música, “O Circo”. Ao longo dos quatro minutos e dez segundos de duração da música, Markão Aborígine denuncia em suas rimas o preconceito e a hipocrisia (“Quem tem preconceito, levanta o dedo. Uai, cadê, não vejo ninguém?”), o consumismo capitalista que transforma tudo em mercadoria (“O capitalismo que vende fritura, também vende redução do estomago”), a sexualização despejada nos lares pelos monitores de TV (“Até quando a gente não vai compreender o amor/ Como verbo até divino e não somente pornô/Reality show, musa do carnaval, hit do verão/Que faz criança de 3 anos rebolar no chão”). Markão Aborígine faz de seu rap um ato político, música para dançar e pensar.

Fernando Freire. Poeta e Diretor da Escola CEF 08 – Gama DF

Nenhum comentário: