20 março 2013

Aborígine integra Campanha do MPDFT



Campanhas “Conte até 10” e “O que você tem a ver com a corrupção?” são apresentadas em escolas do Gama para mais de 700 alunos

A contagem pela paz e pela honestidade no DF já começou. Nesta quarta-feira, dia 27, cerca de 700 estudantes do Gama puderam refletir sobre a questão da violência e da corrupção com promotores de Justiça, artistas e atletas brasilienses. Pequenos atos cotidianos, como contar até 10 para esfriar a cabeça ou escolher fazer a coisa certa, podem mudar a realidade em que vivemos.

O coordenador da campanha “Conte até 10” no DF, promotor de Justiça Daniel Bernoulli, ressaltou que nos dias atuais a intolerância tem sido uma realidade nas relações interpessoais. “Nós temos identificado que no DF as pessoas têm matado por besteiras. Um em cada quatro homicídios é por motivo fútil.Vamos contar até 10!”, reforçou.

“Sempre achamos que a culpa é do outro. Não paramos para refletir o que podemos fazer para mudar a situação. Vivemos uma realidade em que a violência é a resposta, mas as melhores soluções não passam por ela”, completou o promotor de Justiça Antonio Suxberger aos alunos do Centro de Ensino Fundamental 1 (CEF 1), pela manhã, e do Centro de Ensino Médio 1 (CEM 1), à tarde.

A procuradora-geral de Justiça do DF e Territórios, Eunice Carvalhido, reforçou que a principal mudança acontece dentro de nós. “Quando jovens, achamos que podemos mudar o mundo. Com o passar do tempo vemos que as coisas não são bem assim. Apenas podemos mudar o nosso mundo, a começar pela nossa casa, nossa família, nossos vizinhos”, disse.
Música e esporte no combate à violência e à corrupção

As músicas do rapper Markão, do grupo Aborígine, tocaram os estudantes. Um deles não conteve as lágrimas, lembrou do pai que perdeu há pouco vítima das drogas. As letras fortes falam de preconceito, violência, tráfico. Uma realidade que o artista de Samambaia conheceu de perto. Ele contou aos alunos um pouco de sua história, do envolvimento com drogas e gangues.

Os lutadores brasilienses Nielsen “Grilo” Nunes e Lúcio Curado causaram frisson entre os estudantes. Grilo levou todas as suas medalhas para mostrar aos jovens e Curado não desgrudou do cinturão dos leves conquistado no último final de semana no Jungle Fight, maior evento de artes marciais mistas (do inglês, MMA) da América Latina.

Eles deram aos estudantes palavras de incentivo, de que é possível conquistar os seus objetivos quando se tem foco e perseverança. “Para ser campeão na vida, é preciso fazer as escolhas certas. Agir por impulso geralmente leva a escolhas que geram arrependimento”, disse Curado. “Vamos dar um nocaute na violência e na corrupção”, completou Grilo.

“O que você tem a ver com a corrupção?”

Questionados sobre o que é corrupção, os estudantes sempre citavam os casos de desvios de dinheiro público por políticos. O coordenador do projeto no DF, promotor de Justiça Paulo Vinícius Quintela, explicou que ela não existe apenas no governo.

Pequenos comportamentos como furar fila, receber o troco a mais e não devolver e colar nas provas também são uma forma de corrupção. “Ás vezes fazemos as mesmas coisas que criticamos nos políticos”, completou.

Com a parceira da rádio Jovem Pan, que fez a cobertura de todo o evento, os alunos que citavam exemplos de corrupção nas relações do dia a dia receberam canecas e camisetas de brinde. A coordenação da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?” lançou um concurso cultural nas duas escolas.

Os alunos do terão dois meses para fazer um clipe musical com a música “Perfeição”, do Legião Urbana. O vencedor receberá um tablet.
Para a professora de Língua Portuguesa Thaís de Melo, do CEM 1, o alcance das campanhas do MP será ampliado, pois os jovens tem um poder multiplicador muito importante com a famílias e nos demais ambientes sociais.

Impressões

“Você nunca deve brigar, pois sempre há um outro meio de resolver os problemas de maneira racional.” Daniel Nunes, 15 anos.

“Achei o evento muito interessante. Hoje eu aprendi que existem outras formas de corrupção dentro da sociedade.” Bárbara Sales, 15 anos.

“Muito bonito o exemplo dos lutadores de que é possível alcançar os seus sonhos. Devemos fazer de tudo por um mundo melhor e sempre contar até 10 para não agir por impulso.” Havenna de Melo, 15 anos.


Fonte: http://www.mpdft.gov.br/portal/index.php/comunicacao-menu/noticias/noticias-2013/5953-mp-nas-escolas-estudantes-debatem-os-maleficios-da-violencia-e-da-corrupcao

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