19 dezembro 2014

Presidenta (e)


Algo me chamou bastante atenção no último período eleitoral.

Já ouvimos brados sobre ditadura gay... inúmeros. Mas também ouvi muitas declarações de voto ao candidato do PSDB citando o medo da Ditadura de Gênero do PT.

Por diversas vezes me concentrei nos vídeos para entender o que seria isto, mas não fui capaz, porém não nego a Ditadura de Gênero, ela é presente, violenta, intolerante e por incrível que pareça, está aí na sala de sua casa - leia-se cozinha - e não apenas num gabinete.

Antes de prosseguir confesso que adoro o termo presidenta. Ele é rebelde, visibiliza a mulher que sempre esteve presa num parênteses (a). Diz aí, quantas mulheres vimos nos livros de História? Quantos cabeçalhos assinamos com uma PROFESSORA em primeiro plano, sem a prisão do parênteses?

Eu? Quero mais Presidentas, Mais Médicas. Eu? Quero menos criminalização das belezas e dos prazeres, quero mais mulheres concluindo seus estudos, desafiando companheiros que as proíbem. Não quero mais que a cada 25 segundos uma mulher seja agredida, inclusive por 'presidenciável'.

A Ditadura de Gênero está no Feminicídio. A Ditadura de Gênero está na disparidade salarial. A Ditadura de Gênero está em cada piada machista, que colabora e legitima com todos exemplos citados no texto.

Quero também, meu povo com discernimento e partícipe da política e do poder, que deixe de apenas delega-lo. Quero também, meus irmãos e irmãs com olhar crítico e atento a história de opressões, que deixem, muitas vezes de ver a realidade através de lentes burguesas.

Aos 23 de outubro de 2014

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