08 fevereiro 2014
P ai A migo, P resença A morosa
Numa destas idas a comercio deparo-me com uma conversa entre o cliente e uma vendedora, onde o homem relata que está muito cansado do trabalho, que trabalha demais para pagar a Pensão Alimentícia dos filhos. Até aí tudo bem.
Porém insistia em falar que trabalhava demais, trabalhava demais... Por medo, pois sabe que se não pagar a ''polícia viria atrás''. O fato de colaborar com a educação dos filhos, com a alimentação dos filhos, com a saúde dos filhos não foi sequer tocada.
Intervi educadamente na conversa citando estas questões, que P.A é o mínimo do mínimo, que devemos sim, ser e está presentes com nossos filhos e filhas. O irmão silenciou-se e refletiu com um ''é verdade campeão, é verdade''.
Compartilho esta situação com vocês (nós homens) para refletirmos alguns instantes em quão monstros somos, pois tal abandono, aliás preocupação financeira à frente do bem estar de crianças é sim monstruosidade. Saiba - e lute - que precisamos ressignificar esta sigla!
P.A é pai amigo, é presença amorosa, é palavra que alivia, é professor-aula, português, álgebra, é paz, é alma! Pois você pai também sabe, que o maior alimento não está atrás de quaisquer quantias, mas sim no calor e afeto da companhia.
Sim, que nós homens possamos evoluir e que P.A nunca mais signifique Pai Ausente ou Pensão Alimentícia, mas paz... mais paz, mais pais e alegria.
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