04 fevereiro 2010
20 anos de Encontro de Breaking no DF
O movimento Hip Hop do Distrito Federal comemora neste sábado os 20 anos de existência do Encontro de Breaking do DF com celebração da dança de rua e resistência
Nomes que fizeram e fazem história estarão presentes. Digo que o movimento no DF é referencia nacional seja na música (Rap), com artistas renomados como GOG, Câmbio Negro, Voz sem Medo, Provérbio X, Jamaika, DJ Raffa maior produtor do genero na história com mais de 80 álbuns lançados, e contemporâneos que se destacam Brasil a fora como: Ataque Beliz, Rapadura, Aborígine, Diga How, L.A.T.R.O, Sobreviventes de rua, Aquilombando...
Na Dança de rua com grupos campeões nacionais e que já representaram a capital em desafios internacionais como: DF Zulu Breakers, Quebra de Movimento, BSB.girls, Black Spin... Ou nas artes plásticas (Grafite) com Snupy considerado um dos maiores grafiteiros do Brasil, Scooby vencendor do Premio Consciência Hip Hop como melhor grafiteiro do Centro Oeste, e inúmeros escritores e escritoras que embelezam com cores de vida as paredes sujas em corrupção.
Além da representatividade artística, o movimento se articula. Vibrações ao Encontro Hip Hop Educação Cidadã que este ano chegará a 4ª Edição, ao Seminário de Hip Hop promovido pelo Raffa, aos projetos sociais, oficinas de grafite, dança de rua, DJ, produção musical espalhadas por todas as cidades realizados pelo Atitude, Azulim, CUFA, Família Hip Hop, ArtSam, IPAC, Rec, Aspcel, Rede Distrital de Hip Hop (um sonho que a cada dia se aproxima). O Hip Hop se apodera da política elegendo Conselheiro Tutelar, compondo conselhos de cultura, participando proativamente das Conferencias de cultura, segurança pública, juventude...
Hip Hop do Cerrado, BSB Rap Festival hoje, mas ontem Da Bomb, Abril pro Rap mantinham acesa a chama do profissionalismo que o movimento tende a apoderar-se. Novos programas de rádios circulam ares e oxigenam o movimento. E queremos mais... É hora de voltarmos a ver o Hip Hop na Tela, assim como São Paulo, Rio Grande do Sul e guerreiros do Sergipe que terão programa em rede nacional.
Um viva aos 20 anos de resistência! Dos passos e coreografias a base de palmas, pois o Conjunto nacional não sedia a tomada. Da repressão policial. Chuva. Desmobilização... Mas Viva! Daqui pra frente serão outros 20 anos de resistência, mas sobretudo re-evolução.
Viva a rua que sempre acolhe, mas que possamos amadurecer ocupando espaços que por muito tempo serviram a elite e burguesia brasiliense. Vamos ocupar o Museu da Republica, o Teatro Nacional, as estações do Metro, e promover nas satélites com mesma dedicação com que o movimento o faz no centro, encontros de dança aproximando e apresentando nossa cultura a comunidade.
Como se diz em São Paulo: Nós que tá! É tudo nosso! Mas que seja nosso realmente. Presença política permanente, diálogo, Fórum Distrital de Hip Hop, organicidade social, cultural e política do movimento. Ai sim! Será tudo nosso.
Parabéns pra você...
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