06 outubro 2012

Cine Câmbio Negro exibe Ditadura da Especulação


Neste sábado, dia 13 de outubro será exibido o filme Ditadura da Especulação no CineClube Câmbio Negro.

O evento contará ainda com participação de poetas e grupos de Rap: Aborígine, Arsenal do Gueto, Al Unser, Quadrilha Intelectual, Glauber MC dentre outros. A entrada é franca, mas pede-se a doação de 1kg de alimento não perecível e ou brinquedos.

O que? CineClube Câmbio Negro
Onde? Espaço H2O, Quadra 101 - Recanto das Emas
Hora? A partir das 20hs

Assista ao documentário:



O curta metragem, que não recebeu qualquer tipo de patrocínio, mostra as tentativas de impedir que as máquinas derrubassem a vegetação local para construção dos edifícios, cujo metro quadrado, o mais caro da capital, pode chegar a R$ 25 mil.

Além disso o documentário também mostra diversos confrontos entre índios, manifestantes, polícia militar e seguranças da administradora Terracap, que além de ser a estatal que administra as terras públicas do Distrito Federal, curiosamente também é uma das patrocinadoras do festival de Brasília do cinema brasileiro, onde o curta ganhou o prêmio de Júri popular. O filme retrata exatamente este movimento de resistência ao avanço das construções desse novo bairro em Brasília, que tenta retirar do local um antigo santuário indígena e uma comunidade indígena que habita a área.

A causa relatada no curta comoveu a platéia que ao fim da exibição, pela primeira vez desde o início da mostra competitiva do Festival de Brasília 2012, aplaudiu um filme em pé.

A Ditadura da Especulação é dirigida por Zé Furtado que "é um voluntário do Centro de Mídia Independente, uma locutora de radio livre, uma trabalhadora que paga 4 ônibus lotados por dia na Samambaia, um cineasta sem cinema onde passar seu filme, é uma sem terra em Planaltina, um desempregado na Estrutural, Catraqueiro no Paranoá, Honestino na UnB, uma Feminista nas ruas da cidade.

Zé Furtada é o zapatista sub-comandante Marcos, suas representações e maiorias sociais. Maiorias, sim! Minoria é o 1% dono dos meios de produção e do poder institucional. Somos mais!".

Na verdade o filme é de um coletivo de cineastas responsáveis pela obra, e tem o objetivo de ser uma ferramenta politica que se desdobra em ações práticas."

Realização:

Coletivo ArtSam e Nakaradura Produções

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