26 junho 2010

Encontrei Israel IZ


Recentemente fui apresentado a um cantor havaiano que ao ouvir a voz, sentir a canção e contemplar as imagens emocionei-me. Pude notar que a verdade está na simplicidade.

Em uma cadeira, uma pequena viola contemplando o oceano e a mãe natureza, aquela mesma em que jogamos lixo, petróleo...

Israel Iz, nasceu em 1959 na cidade Honolulu e faleceu aos 38 anos de idade devido a problemas respiratórios causados pela obesidade mórbida, no dia 26 de junho de 2007. Hoje completam 3 anos de seu reencontro a natureza. O artista, um jovem cantor havaiano que nas suas composições demonstrava um enorme amor pela sua cultura e raízes, visto ele ser um puro nativo.

Em diversos albuns musicais lutava pela independência do Havai e direitos humanos dos habitantes locais. A ilha foi invadido militarmente pelos Estados Unidos no ano de 1898, tornando-se estado norte americado em 1900.

Anteriormente a chegade ocidentais (europa e norte america) os nativos do Havaí viviam em uma sociedade altamente organizada, auto-suficiente e subsistente, baseado no arrendamento de terras comunais, possuindo um sofisticado idioma, cultura e religião.

Com a chegada do ocidente, troxeram pestes, doenças, epidemias, e como o povo vivia em tribos, passaram a coopta-los, gerando guerras, gerando ao final de tudo uma monarquia, findada com a invasão estadunidense.

Enfim... E o que o Hip Hop Brasileiro tem haver com isso? Simples, é necessário conhecer as artimanhas do inimigo para combate-lo! Do mesmo modo que os Estados Unidos - país imperialista produtor de miséria - invadiu o Havaí, Pindorama como era chamada pelos aborígines brasileiros(indios)foi invadida por Portugal, trazendo as mesmas pestes, não só patologias, mas a peste da escravidão, capitalismo, individualismo, latifúndio.

Conhecendo a história que se repete, usemos o exemplo deste artista havaiano que em suas canções poderia somente cantar a beleza - como fazia - de sua terra, mas tornou-se profeta, ou seja, aquele que anuncia e denuncia, utilizando sua música e vocação como protesto, não se envorganhando de sua cultura, como nós hoje, Hip Hop fazemos: Agregando o estrangeiro e envergonhando-se do regional.

O clipe acima, mostra quão importante foi sua vida para os habitantes. O final do vídeo mostra sua cerimônia de despedida, suas cinzas são jogadas ao oceando enquantos cantam suas músicas, choram, se alegram, empunhando cartazes: IZ Vive!

Que a partir deste exemplo possamos caminhar com carisma, verdade e compromisso com o povo, com a natureza, pela construção de um novo mundo que é possível, para que nossas mães, família nao chorem por decepção por cantarmos 'aquela música feia' ou vestirmos 'aquela calça larga', mas que se emocionem ao ver seus filhos e parentes entoando canções de auto estima empunhando assim como o povo havaino a bandeira 'O Hip Hop Vive".

Singela homenagem a este grande artista: Iz Vive!

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